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Escola da Vila integra projeto responsável por confeccionar máscaras de proteção

 

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Por Escola da Vila
Atualização:
 

Durante a pandemia da Covid-19, o projeto coletivo Rede Proteção Solidária reúne escolas e oficinas para produzirem máscaras de proteção facial designadas a profissionais da saúde.

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Um dos grandes valores que embasam o projeto pedagógico da Escola da Vila, além do conhecimento, da autonomia e da diversidade, é a cooperação. Seguindo essa filosofia e reconhecendo a importância de iniciativas coletivas, sobretudo neste momento de pandemia, a escola é uma das que integram a Rede Proteção Solidária.

O projeto surgiu da parceria de profissionais do Hospital das Clínicas, em São Paulo, com Eduardo Lopes, fundador da Garagem Fab Lab, um espaço maker de fabricação digital. O objetivo era produzir máscaras de proteção facial (face shield) -- um tipo de viseira transparente de plástico, que cobre os olhos e o rosto -- para profissionais da saúde, usando cortadoras a laser.

Depois do primeiro protótipo, impresso na Escola Projeto Vida, a Escola da Vila e outras instituições aderiram à iniciativa -- Oficina Lab e as escolas Gracinha e Vera Cruz -- e abriram seus espaços makers para a produção desses equipamentos de proteção individual (EPIs). A ação envolveu toda comunidade na montagem dos artefatos.

"Fazemos os cortes na escola, organizamos os kits com as peças, disponibilizamos o manual e encaminhamos para que as famílias voluntárias façam a montagem em casa. Depois, elas entregam as máscaras prontas na escola e as levamos para distribuição nos hospitais", explica Helena Andrade Mendonça, coordenadora de tecnologias educacionais da Escola da Vila.

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"Ficamos emocionados ao ver as fotos e ouvir os relatos das famílias montando as máscaras, em casa, com a participação das crianças e adolescentes. E temos recebido também vídeos de agradecimento dos profissionais da saúde ao receberem as máscaras nos hospitais. Todo mundo fica tocado ao ver o seu trabalho dando resultado", conta a coordenadora.

Desde o início da quarentena, já foram doadas, no total, cerca de 6 mil máscaras e há outras 4,5 mil sendo montadas. Quarenta instituições foram beneficiadas, e são cerca de 120 famílias voluntárias , 35 delas da Vila. O projeto também abriu um espaço virtual de financiamento coletivo para a compra dos materiais, por meio do site abacashi.com

Helena diz que, desde o início do projeto, a escola se mostrou aberta e colocou muita energia na iniciativa, pois, além de poder prestar essa ajuda para os profissionais da saúde, ela envolve a cultura maker. "A escola tem ações nesse sentido, de dar acesso a equipamentos de marcenaria, cortadora a laser etc., para que os alunos possam, por meio dessas ferramentas, criar soluções e montar protótipos ou algum tipo de máquina. Utilizar esses recursos para criar um equipamento que possa ajudar alguém, no caso, proporcionar proteção aos profissionais da saúde, entendemos como uma forma interessante e potente do uso da tecnologia".

Para ela, o momento atual demanda muita solidariedade de todos e um olhar ainda maior para o coletivo. "Poder fazer algo efetivo para ajudar quem está na linha de frente dos hospitais nos traz uma satisfação muito grande".

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