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Professora usa reciclagem para incluir alunos com deficiência

Diante dos poucos recursos disponíveis na escola, Rejane Passos monta oficinas e brincadeiras com materiais recicláveis

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Por Todos Pela Educação
Atualização:

Arquivo pessoal: professora Rejane Silva Passos  

Por Denise Crescêncio, do Todos Pela Educação

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É na cidadezinha de Firmino Alves, com cerca de cinco mil habitantes, no sul da Bahia, que a psicopedagoga Rejane Silva Passos realiza diversas atividades voltadas para a inclusão de alunos com deficiência. A docente atua na sala de recursos multifuncionais da Escola Municipal Cosme de Farias há dois anos. Os estímulos são realizados de acordo com a necessidade de cada aluno, uma vez que a metodologia é adaptada conforme a idade de cada um. "Procuro sempre trabalhar a realidade de cada estudante. Realizo as atividades com materiais recicláveis, por conta do fácil acesso, e porque essa proposta também contribui para que haja interação entre eles", conta.

Durante as aulas, garrafas pet, latas de achocolatado, copos descartáveis, rolinhos de papel higiênico e palitos de sorvete recebem uma nova roupagem: são pintados de diferentes cores para auxiliar, de forma lúdica, na alfabetização das crianças, por exemplo. Segundo Rejane, os resultados dessa proposta pedagógica são observados continuamente. "Com algumas adaptações eu consigo trabalhar uma imensidão de estímulos. Os próprios alunos constroem as atividades e, com isso, o atendimento fica ainda mais interativo e prazeroso", completa.

Arquivo pessoal: professora Rejane Silva Passos  

 

 

Apesar do êxito do projeto e do apoio da gestão escolar, Rejane enxerga inúmeras dificuldades para os professores que atuam na inclusão dos alunos com deficiência, tema principal da meta 4 do Plano Nacional de Educação. A falta de políticas públicas e formação docente adequada ainda são um grande desafio para os profissionais da área da Educação. Trabalhar com a inclusão no ensino regular, aponta ela, requer do professor atitudes e ações voltadas para o tipo específico de necessidade que o aluno apresenta e, infelizmente, ainda não há formação específica suficiente para o educador trabalhar com esses alunos nos cursos de Pedagogia - pleito da estratégia 4.13 do PNE. Além disso, a maior parte das escolas não apresenta recursos adaptados e infraestrutura inclusiva. "Estamos à mercê de um sistema empírico que não sai do papel", afirma a professora.

Boas práticas

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Diante da realidade da Educação Inclusiva no País, Rejane também divulga, por meio de redes sociais, dicas e modelos de atividades que faz com seus estudantes para que outros educadores tenham acesso e consigam, de início, driblar as objeções. Seu objetivo é contribuir para que aconteça, de fato, uma aprendizagem significativa, com estímulos físicos, sensoriais e cognitivos.

 

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