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MEC corrige piso nacional do professor para R$ 2.298,00

Reajuste, de 7,64%, representa ganho real de apenas 1,35%

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Por Todos Pela Educação
Atualização:

FOTO JOAO BITTAR/UNESCO-MEC  

Na última quinta-feira (12), O Ministério da Educação (MEC) anunciou o reajuste de 7,64% no piso salarial dos professores, instituído desde 2009 no País. O percentual indica um incremento de 1,35% acima da inflação acumulada de 2016. Com isso, o valor mínimo que um professor com jornada de 40 horas semanais deve receber, por mês, chega a R$ 2.298,00.

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O valor, entretanto, é muito baixo se levada em consideração a décima sétima meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que tem como objetivo elevar o salário dos docentes ao mesmo patamar que o de outros profissionais com curso superior até 2020. De acordo com dados do Observatório do PNE, em 2014, ano em que os dados mais recentes foram divulgados, os professores recebiam, em média, 54,5% da quantia arrecadada pelos outros trabalhadores. Em 2002, esse índice era de 49,7%. Ou seja, o avanço tem sido lento.

A desvalorização do professor é uma questão histórica no Brasil. Os profissionais da Educação devem receber melhores salários não somente por exercerem um trabalho profissional, mas por serem responsáveis pela formação de milhões de crianças e jovens que representam o futuro do País e que irão conduzir o desenvolvimento da nação em todas as áreas. O assunto foi discutido por Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação,na Rádio Estadão (ouça aqui).

Além disso, o reconhecimento dos professores é fundamental para atrair mais jovens para a carreira. Segundo dados do último Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), nenhum jovem brasileiro deseja ser professor - reflexo evidente da falta de prestígio, principalmente salarial, da profissão. A elevação do piso e dos salários resultaria diretamente em maior interesse dos bons alunos do Ensino Médio pela carreira, abrindo, assim, perspectivas para que o Brasil cumpra a meta 17 do PNE.

 

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