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Eleições 2016: seu candidato prioriza a Educação?

Em SP, nenhum concorrente tem propostas para a alfabetização das crianças e apenas dois citam o Plano Municipal de Educação

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Por Todos Pela Educação
Atualização:

Todos Pela Educação Foto: Estadão

Neste final de semana, os eleitores brasileiros vão às urnas para escolher os candidatos que estarão à frente das cidades de todo País, mas será que o seu escolhido tem propostas de impacto para a Educação de seus filhos, parentes ou vizinhos?

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A oferta de Educação Infantil e Ensino Fundamental (desde a creche até o 5º ano) é responsabilidade direta dos munícipios e as propostas dos concorrentes para essas etapas atingem o cotidiano de boa parte dos cidadãos. Contudo, como exemplo, de acordo com uma análise da equipe técnica do Todos Pela Educação, os planos eleitorais dos sete candidatos à prefeitura de São Paulo tratam a temática de maneira superficial, sem apontar estratégias concretas para alcançar objetivos claros. "A superficialidade dificulta a análise da população que quiser fazer uma avaliação mais aprofundada das propostas. No segundo turno, os candidatos devem dar mais prioridade ao assunto", afirmou Olavo Nogueira Filho, gerente de projetos do TPE, enquanto debatia o assunto na Rádio Estadão (ouça aqui).

Ainda mais preocupante é a ausência de medidas focadas em alfabetização e em conhecimentos básicos de matemática, temas prioritários para a Educação. Esse conhecimento deve ser construído nos primeiros três anos do Ensino Fundamental - o chamado ciclo de alfabetização - e é determinante para a boa trajetória escolar do aluno nos anos subsequentes. Uma criança com dificuldades em leitura, escrita e matemática é uma criança cega para o universo dos livros, das operações básicas e das práticas sociais da escrita.

Em São Paulo, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,1% das crianças não têm nível adequado em leitura; 17,9% em escrita e 47,7% em matemática. Enquanto uma única criança não souber ler, escrever ou lidar com os números, o direito pleno à Educação não estará cumprido. É isso que os eleitores de São Paulo, e do resto do país, devem ter em mente ao teclar os dois dígitos que definirão os próximos quatro anos da Educação municipal.

Em termos gerais, os candidatos de SP priorizaram os temas de Gestão Democrática, Formação docente/continuada, Educação Infantil e Infraestrutura em seus respectivos planos educacionais. Além disso, apenas os candidatos Fernando Haddad (PT) e Ricardo Young (Rede) citam explicitamente o compromisso de cumprir o Plano Municipal de Educação (PME). O PME de São Paulo é um documento de 13 metas fundamental para o avanço da qualidade do ensino da cidade. O candidato eleito tem a obrigação de segui-lo e os cidadãos, de fiscalizar se as metas estão sendo cumpridas.

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Confira os temas na área da Educação abordados pelos concorrentes à prefeitura de SP:

 

Elaboração Todos Pela Educação Foto: Estadão

Poucos exemplificaram "como" pretendem atingir os objetivos descritos e os que fizeram, não se aprofundaram.

Os candidatos possuem, de modo geral, planos semelhantes para Educação, mas cada um prioriza/se aprofunda em um tema/diretriz:

- João Dória (PSDB) prioriza a modernização da área;

- Fernando Haddad (PT) destaca a Educação Integral, articulação entre a pasta de Educação com outras áreas e a gestão democrática;

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- Luiza Erundina (PSol) também dá maior peso para a gestão democrática, além da diversidade/autonomia das escolas;

- Ricardo Young (Rede) foca em modernização da gestão, gestão democrática, novas fontes de investimento e formação docente;

- Marta Suplicy (PMDB) também aposta em propostas de parceria entre pastas e de formação docente, além de propor melhoria no sistema de avaliação;

- Celso Russomano (PRB) focaliza a ampliação de vagas nas creches;

- Major Olímpio (SD) também destaca a Educação Infantil e o Ensino Integral.

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Neste domingo, vote pela Educação!

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