A matemática está presente em diversos momentos da nossa rotina, sendo fundamental para o nosso cotidiano para ações que vão desde a compreensão das contas a pagar e do melhor planejamento do nosso orçamento familiar até o uso mais aplicado em profissões como a engenharia ou a medicina. Por isso, desde pequenas, junto com a língua materna, as crianças estão imersas no universo da matemática de forma inseparável e natural. Na escola, isso não pode ser diferente.
Quando falamos em alfabetização, o mais comum é pensar em crianças aprendendo a ler e escrever. No entanto, é também nesse momento que os alunos são alfabetizados matematicamente.
Assim como na leitura e na escrita, isso deve ocorrer até os 8 anos para que possam adquirir autonomia para prosseguir os estudos -- é o que defende o movimento Todos Pela Educação. Já o Plano Nacional de Educação (PNE) determina em sua quinta meta que, até 2024, todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas até, no máximo, o final do 3º ano do Ensino Fundamental.
O Brasil acompanha os níveis de alfabetização de cada criança por meio da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), realizada a cada dois anos com crianças do 3º ano do Ensino Fundamental. Já falamos por aqui um pouco sobre o tema.
É justamente em matemática que os alunos apresentam os piores resultados. Os dados mostram que, em 2014, segundo critérios do Ministério da Educação (MEC), enquanto 77,79% dos estudantes estavam plenamente alfabetizados em leitura e 65,54% em escrita, apenas 42,93% tinham conhecimento adequado em matemática.
Garantir uma alfabetização em matemática a todas as crianças não só contribui para a melhor aprendizagem nos anos escolares seguintes e ao longo de toda vida, mas também propicia uma relação mais amistosa com essa área do conhecimento vista com tanta dificuldade por muitos estudantes.