Cris Marangon
14 de junho de 2018 | 13h51
Coordenadora do Colégio Sidarta dá sugestões de postura em sala de aula para que as aulas sejam um sucesso. Isso vale para professores novatos ou veteranos
por Jô Fortarel*
Qual a diferença entre eficiência e eficácia? A eficiência seria o ato de “fazer certo as coisas”, enquanto que a eficácia consiste em “fazer as coisas certas”. Pensemos naquele escoteiro que precisa fazer a sua boa ação do dia. Ao ver a velhinha na calçada, próxima a uma avenida muito movimentada, prontamente pega sua mão, para o trânsito e a atravessa com segurança. Eficiente, não? Mas o problema é que a velhinha não queria atravessar a rua e, sim, encontrar um táxi e, aquele ponto, por ser movimentado, pareceu o ideal.
Pensemos em outro escoteiro com a mesma missão que se depara com a mesma velhinha, naquela mesma esquina movimentada. Aproximando-se, ele pergunta o que ela está fazendo ali. Ela o informa que precisa de um táxi. Ele, prontamente, se lança para a beira da calçada, antevê um táxi ao longe e começa a gesticular de maneira a ser notado. O táxi para e ele embarca a velhinha com segurança. Eficaz, hein?
Voltando ao nosso título (Dez atitudes eficientes e eficazes), saiba quais posturas arruinarão a aula de maneira exemplar. Vamos lá:
Dicas para que a aula seja eficiente e eficaz
Não existe receita para aulas eficientes e eficazes, mas podemos testar alguns encaminhamentos que têm mostrado bons resultados. Ao entrar na sala de aula, olhar realmente para todos os alunos e para o ambiente. Ato contínuo, organizá-los de maneira propícia à aprendizagem.
Solicitar a todos que peguem o material, enquanto isso, já fazer a chamada ou colocar a pauta na lousa. Iniciar apresentando a dinâmica daquela aula. Exemplo: “Primeiramente, trabalharemos com o módulo 10, individualmente, por aproximadamente 15 minutos; depois partiremos para a resolução dos exercícios, em dupla, por 20 minutos; para que assim tenhamos os 20 minutos finais para as socializações dos resultados”.
Uma orientação clara e precisa como essa demonstra planejamento do professor e o aluno se sente seguro sobre o que se espera dele durante a aula, comprometendo-se de forma mais consciente com seu aprendizado. Porém, mais importante do que apresentar a dinâmica da aula é, de fato, cumpri-la! Sendo assim, se foram dados 20 minutos para a resolução dos exercícios, esse tempo deve ser respeitado, assim como todas as etapas apresentadas.
Outro aspecto importante para que tudo corra como o planejado é que se houver necessidade de uso de materiais, que eles já estejam disponíveis e organizados na mesa do professor. Dessa forma, dificilmente a aula não alcançará seu objetivo maior: aprendizagem significativa. Ah… e sabe aquele gráfico, da página 7, solicitado na aula anterior? Os alunos não vão fazer. E o pior: eles têm razão. Funciona assim.
*Jô Fortarel é coordenadora pedagógica de 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.