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Blog dos Colégios

NOVAS FORMAS DE APRENDER, BRINCANDO  

 

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Por Colégio Peretz
Atualização:

Por Linda D. Blaj, Silvia V. Kocinas, Lígia Fleury e Melanie Grun*

 

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O recreio pode ser um momento de intensa aprendizagem, com espaço para formação e fortalecimento de laços de amizade e para novas descobertas. Por isso, precisa ser avaliado e repensado continuamente.

As crianças, atualmente, demostram interesse por equipamentos eletrônicos, que às vezes parecem ser as únicas opções de entretenimento. Mas, a direção e coordenação do Peretz constataram que isso nem sempre é verdade, pois há também uma grande curiosidade pelas histórias, disposição para jogar bola, brincar de pega-pega, andar de bicicleta e aprender novas modalidades de jogos e suas adaptações para as diferentes faixas etárias e ambientes.

Da Educação Infantil ao Ensino Médio, um grande leque de opções são oferecidas aos alunos, seja em ambientes externos ou internos.

Segundo Linda Blaj e Silvia Kocinas, responsáveis pelo Infantil, têm sido maiores as atenções voltadas ao desenvolvimento das habilidades motoras, criativas e imaginativas. "Há pesquisas na área da saúde que recomendam à escola e à família combaterem o sedentarismo infantil e estimularem atividades esportivas com foco no aspecto lúdico", comentam

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Apostando no espaço privilegiado que dispõem, com diversos setores interligados (tanque de areia grande e pequeno, casa da árvore no pé de abacate, espaço do gira-gira, quiosque e espaço dos jabutis), buscaram, em primeira instância, cuidar da organização e segurança das crianças, designando ao menos duas professoras por lugar, observando, assessorando e mediando as relações entre os alunos, quando necessário.

Parte da área externa da Ed. Infantil Foto: Estadão

Após uma observação cuidadosa do recreio por professores e coordenadores, perceberam no Infantil e Ensino Fundamental I que, certas situações se repetiam. Algumas crianças procuravam sempre a mesma atividade, dificilmente explorando novas possibilidades; outras perambulavam pelo pátio, sem conseguir fazer suas escolhas e algumas procuravam ficar ao lado da professora, mesmo com constantes incentivos para escolherem uma brincadeira. "Percebíamos também a formação de subgrupos e muitos deles dificilmente se abriam para trocas com outras crianças", conta a diretora do Infantil Linda D. Blaj.

Linda e Silvia, viram a necessidade em intervir, pensaram em como poderiam abrir espaço para novas relações, oferecendo mais possibilidades de escolha, aprendizagem e interação entre os pequenos. São elas: Contação de histórias (uma vez por semana); Atividade física (duas vezes por semana, uma com professor de Educação Física e com um professor de turma).

Considerando a importância do movimento para o desenvolvimento da criança e nas poucas possibilidades que essas costumam ter fora da escola, uma vez que a maioria delas vive em apartamentos e com uma agenda cheia de compromissos, foram oferecidas mais opções de atividades físicas no recreio. Também, brincadeiras tradicionais como amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, estátua, atividades grupais com bolas, bambolês, pés-de-lata, circuitos, corridas, salto e equilíbrio foram introduzidas.

"Por meio da experiência com o recreio semidirigido, percebemos o quanto a vivência pode ser positiva, desde que o aluno não seja obrigado a participar das atividades oferecidas" afirma a coordenadora da Educação Infantil Silvia Kocinas.

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Nada é mais significativo para a criança do que a possibilidade de múltiplas alternativas, com liberdade para criar e propor suas próprias ações, no tempo e no espaço que desejar. "Lembramos que não querer brincar também é uma escolha possível", ela diz.

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Já no Fundamental I, o recreio acontece nos diferentes espaços do Colégio, sempre na presença de um adulto. Os alunos do 1º ao 5º ano escolhem se querem jogar bola, pular corda, jogar ping-pong, ficar na Midiateca, dançar, brincar na areia entre tantas outras atividades e se dirigem aos locais. "É o momento de correr, brincar, pular, se divertir com as crianças de todas as idades.", acrescenta Lígia Fleury. E alerta: "O adulto está presente para intervir quando há desentendimentos que as próprias crianças não conseguem resolver e para acudir alguma situação em que alguém se machuque".

No Fundamental II e Médio, uma novidade: Os intervalos tornaram-se mais interativos! "Como quebrar a prática de crianças/jovens que saem da sala de aula e pegam o celular para se isolar de todos os colegas ao seu redor? Como estimulá-los a mexer o corpo? Como convidá-los para brincar uns com os outros, mediados pelo mundo real e não só pelo virtual?", questiona a diretora do Fundamental II Melanie Grun.

"Penso que o intervalo deve ser um momento mais interativo. Então, com a professora de teatro, Natália Albuk,  pensamos em alternativas interessantes e instigantes para os alunos. Assim criamos o projeto 'Intervalo Interativo'. A princípio, a atividade se estendia aos alunos do 6º ao 8º ano, mas logo chamou atenção dos adolescentes do 9ºano e do Ensino Médio. Agora, eles também desfrutam dessa nova forma de interação, trocando com o outro e movimentando o corpo. Assim, com os estímulos corporais e sociais, substituíram um pouco o SnapChat, WhatsApp e joguinhos por brincadeiras, conversas e risadas no mundo real. "Aproveitar bem o tempo livre é saudável para o corpo e para a mente e, sem dúvida, também ajuda o aluno a voltar para a sala de aula ainda mais disposto para a aprendizagem", alega Melanie.

Ao se depararem com novas possibilidades de brincadeiras e de interação, os alunos podem somar diferenças, mantendo a sua individualidade em um ambiente coletivo e construindo seus próprios caminhos.

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*Linda D. Blaj, Silvia V. Kocinas ( respectivamente, diretora e coordenadora da Educação Infantil); Lígia Fleury (Diretora do Fundamental I) eMelanie Grun (Diretora do Fundamental II)

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