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Opinião|Ofélia apresenta tradições africanas em mostra cultural

Atualização:
Os funcionários africanos do Ofélia durante apresentação das tradições africanas na mostra ( Foto: Divulgação/Ofélia)

Por conta da Década Internacional de Afrodescendentes (2015 a 2024), instituída pela ONU em Assembleia Geral, e por conviver em um ambiente onde as tradições africanas estão presentes diariamente, inclusive pela presença diária em sua rotina de funcionários refugiados da África, o Ofélia vem desenvolvendo uma série de atividades internas e externas com os estudantes, sobre temas recorrentes.

Trabalhos da mostra retrataram a cultura africana ( Foto: Divulgação/Ofélia)

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Todas as ações visam destacar a importante contribuição dos afrodescendentes para nosso país, além de combater a discriminação racial e promover a inclusão. "Por tudo isso, um dos temas da nossa mostra, deste ano, era sobre as tradições africanas. O processo de construção desse evento foi muito rico, porque envolveu os estudantes de forma muito complexa e profunda nos assuntos relacionados à cultura afro", declara a professora Lays Pereira.

De acordo com Lays, a atividade disparadora do projeto contou com uma apresentação dos funcionários africanos, que realizaram uma performance de música e dança para os estudantes. "Essa apresentação retratou muito bem a cultura musical africana e o sucesso foi tão grande que convidamos eles para repetirem a apresentação no dia da mostra", destaca a professora.

Para Nahomie, de 38 anos, que há dois anos, deixou a Costa do Marfim para viver no Brasil, em busca de melhores condições, poder mostrar um pouco de sua cultura foi maravilhoso. "Sinto saudades de estar com meu povo, mas me sinto muito acolhida aqui no Brasil e no Ofélia. Mostrar a minha tradição, por meio das roupas, do meu cabelo, da minha música e da minha dança é muito gratificante, porque une os povos do Brasil e da África, e tivemos trabalhos muito bonitos."

Segundo a diretora do Ofélia, Marisa Monteiro, "as famílias gostaram muito da apresentação dos funcionários Bento, Nahomie e Sidoni, e foi muito lindo poder mostrar isso durante nosso evento".

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Vivência e estudo do meio

Trabalhos da mostra retrataram a cultura africana ( Foto: Divulgação/Ofélia)

Dentro do programa de atividades que envolveram a produção dos projetos apresentados na mostra, nossos professores fizeram um levantamento sobre as principais temáticas e iniciaram um trabalho de investigação com os estudantes sobre as religiões de matriz afro, as máscaras africanas da Costa do Marfim e da Angola, as tradições da cultura africana e as bonecas Abayomis, entre outros.

"Nesse percurso de investigação, começamos a caminhar um pouco para as referências dessa cultura no Brasil, como a capoeira, por exemplo, e foi muito bacana porque várias famílias também participaram, como uma mãe que ajudou a confeccionar as bonecas Abayomis. Desta forma, pudemos destacar essa relação que ultrapassa as divisas territoriais, unem dois povos e fazem parte da nossa própria história", completa Lays.

Segundo a educadora Marcia Garcia, a repercussão com as famílias foi excelente durante a mostra. "Eles elogiaram demais o evento como um todo e destacaram a apresentação dos nossos funcionários africanos, que deram um show no dia da mostra. Inclusive, um pai veio conversar comigo e falou que estava muito emocionado porque ele é quilombola e ficou surpreso por termos desenvolvido um trabalho tão importante com os estudantes, que realmente mergulharam no universo afro."

"A grande intenção foi trazer um outro olhar e propor um aprendizado por meio das diferenças e semelhanças, porque esse método faz parte dos preceitos do Ofélia, que é um colégio humanista e preocupado com as causas sociais e humanitárias", conclui Lays.

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Quilombos: A África no Brasil

Os estudantes do Ofélia, durante visita aos quilombos, na região do Vale do Ribeira ( Foto: Divulgação/Ofélia)

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Dentro desse processo, os estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental II, a professora de Geografia, Carolina Bello, e o professor de História, Luis Fernando Massagardi, ministram um curso sobre a África e o Brasil Africano, que já promoveu uma série de experiências aos estudantes, como a visita a três comunidades quilombolas no Vale do Ribeira.

"Realizamos uma atividade de estudo do meio em que eles tiveram a oportunidade de passar três dias convivendo nestas comunidades e aprendendo um pouco mais sobre as tradições dos povos quilombolas", explica Carolina.

Da experiência, os estudantes criaram dois livros, um sobre os Orixás e outro sobre a história dos quilombolas no Brasil, que foram apresentados na mostra cultural do colégio.

 

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Confira um pouco de como foi nosso evento!

 

Opinião por Ofélia Fonseca
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