Cada leitor constrói a sua narrativa dando razão a famosa ideia que a obra só acontece ao ser lida.
Todos os alunos de Educação Infantil e Fundamental I tem um horário na grade para vivenciar o espaço da biblioteca. Esse encontro-aula é planejado com antecedência e leva em conta o currículo escolar, as efemérides literárias e não literárias, o processo leitor de cada aluno e de cada turma, a vida literária do país, os desafios literários da contemporaneidade.
É preciso aprender comentar, resenhar, concordar e discordar da opinião de outros leitores. É preciso conectar a leitura com outras já feitas. Apaixonar-se por um autor, uma coleção, uma editora, um ilustrador. Saber que existem traduções, recontos, adaptações e que estas categorias são diferentes e acabam por mostrar diferentes facetas da mesma obra.
A biblioteca é um espaço de resistência!
Não é verdade que a crianças e jovens, e até mesmo adultos contemporâneosnão lêem. Mas é dura realidade que leem com menos intensidade e menos paixão. O leitor mudou tanto quanto os gêneros e as condições e motivações para ler.
A biblioteca é um espaço múltiplo, donde se deve colocar a disposição todos os materiais quanto possível for.
Jornais, revistas, livros, mapas, suplementos, folders, vídeos, músicas, enciclopédias, almanaques, dicionários. E ainda mais.
O espaço de pesquisa deve ser privilegiado indicando que além do mundo virtual, existem mecanismos de caminhos para os quais as exigências e desafios são outros.
A questão não mais é o objeto livro que nunca esteve em fase tão boa. Mas sim no personagem leitor, naquilo que profetizou a poeta Cecília Meireles nos anos trinta: "Faltarão leitores e sobrarão obras".
Drummond ficaria feliz em ver que no espaço que recebe seu nome, essa construção acontece todos os dias incansável e apaixonadamente.
Os livros não mudam o mundo. Os livros mudam as pessoas.
Celinha NascimentoAgente de leitura