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Opinião|Semana de Arte Moderna de 1922: Arqui celebra o centenário

Programação especial conta com atividades, manifestações artísticas e culturais, que terão como inspiração o movimento

Atualização:

A partir deste fevereiro de 2022, o Colégio Marista Arquidiocesano começará a celebração dos 100 anos do evento considerado o mais importante da cultura brasileira.

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No dia 18 de fevereiro, alunos promovem manifestações artísticas inspiradas no movimento de 1922, em um palco localizado na portaria central, visando promover o protagonismo e a expressividade. Outra atividade programada são visitas dos alunos do 6º ao 9º ano na Casa Modernista, construída em 1928 e considerada a primeira obra de arquitetura moderna implantada no Brasil.

Alguns corredores do colégio serão "batizados" com o nome dos modernistas (nome, nascimento e falecimento. Por meio de um QRCode será disponibilizado conteúdo sobre a biografia de cada um). Os professores de Língua Portuguesa farão a análise dos livros, a fim de incentivar o empréstimo na biblioteca. Será feita também uma exposição relacionada às obras literárias e sobre os escritores modernistas. Os estudantes ainda irão produzir murais relacionados ao tema. Essas e outras ações propostas pelo colégio irão até novembro.

 Foto: Estadão

De acordo com o diretor geral do Colégio Marista Arquidiocesano, Carlos Dorlass, em 1922, os mais importantes e inovadores pintores, arquitetos, músicos e poetas brasileiros da época se reuniram para dar à arte brasileira uma nova identidade.

"Os ideais de liberdade defendidos por esse grupo de artistas acabaram influenciando várias gerações e o nosso papel, como educadores, é o de manter esse legado entre os jovens, 1oo anos depois da Semana de Arte Moderna", explica. "As atividades propostas visam atualizar o Movimento para que os estudantes possam expressar suas convicções", complementa.

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A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um marco na história de São Paulo, considerada um divisor de águas na cultura brasileira. O evento foi organizado por um grupo de intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência, entre eles Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Pichia, Heitor Villa-Lobos e Anita Malfatti. A inspiração foi nas ideias do Modernismo, um movimento artístico do início do século XX que buscava romper com o tradicionalismo por meio da liberdade estética, da experimentação constante e, principalmente, pela independência cultural do país. Realizado entre os dias 13 e 17 de fevereiro, no Teatro Municipal de São Paulo, o festival incluiu exposição com cerca de 100 obras, aberta diariamente no saguão do teatro, e três sessões lítero-musicais noturnas.

Opinião por Natália Venâncio
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