Em sua 13ª edição, a Missão propôs uma troca intensa entre a comunidade local específica e os estudantes Maristas, contemplando aspectos como diversidade étnica-cultural, senso de solidariedade e ajuda mútua entre os moradores e os Maristas, capacidade de resiliência, superação e otimismo, apesar das vulnerabilidades às quais estão submetidos os moradores referidos.
As ações não se restringiram à revitalização de fachadas de algumas casas. Os alunos participaram também de uma coletiva de recicláveis na Cooperativa Mãos Dadas (entidade social que realiza coleta seletiva e triagem de materiais recicláveis em Ribeirão Preto) e, posteriormente, realizaram oficinas com as crianças.
"Foi interessante participar da cooperativa por vários motivos e, principalmente, porque durante o ano passado vivemos intensamente o projeto Saber Cuidar no Colégio. Nossos alunos treinaram o olhar para o cuidado com o lixo, desde a sua separação até a transformação do material orgânico em adubo a partir de composteira própria", afirmou a Pastoralista Hortência Brito Novais.
"Na cooperativa, observamos um emaranhado de lixo proveniente de vários lugares, inclusive havia lixo hospitalar. As mulheres predominavam nas esteiras de separação de lixo e havia inclusive duas enfermeiras haitianas trabalhando no local", acrescentou Hortência.
Hortência já foi freira Missionária e já atuou junto à comunidade indígena no Mato Grosso do Sul, no Sul da Bahia, com os sertanejos, enfrentando questões importantes como a preocupação real com a falta de água. "E essa missão da participação como Marista revitalizou o significado da opção de vida. Todas as imersões realizadas no MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), no Hospital de Retaguarda Francisco de Assis, na cooperativa Mãos Dadas reforçam o sentido de alteridade. Essa experiência é de suma importância para ressignificação de escolhas, das opções de vida, das relações interpessoais, entre outros", finalizou a Pastoralista.