Natália Venâncio
15 de março de 2022 | 11h09
Colégio Marista Arquidiocesano leva essa importante discussão para dentro da sala de aula
O número de refugiados que fogem da invasão russa na Ucrânia já passa de 2 milhões, segundo a agência de refugiados da ONU, ACNUR. Além de viver em zonas de guerra, quais são os outros motivos que levam as pessoas a migrarem de um lugar para o outro?
Esse foi um dos pontos levantados nas aulas de Geografia das turmas do 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, do Colégio Marista Arquidiocesano, um dos mais tradicionais da capital paulista.
“Nas aulas aprendemos que há diversas razões para que esse movimento ocorra. É uma triste situação em todo o mundo. E como falar em refugiados, sem se sensibilizar com a guerra da Ucrânia?”, questiona a professora Dezirê Grazioli, responsável pela atividade.
A guerra na Ucrânia intensifica essa discussão entre os diversos setores da sociedade e nas escolas não é diferente. Atentas e muito curiosas sobre o assunto, as crianças puderam debater sobre o tema e compreender melhor sobre essa questão tão delicada.
Apenas no Brasil, em 2020, foram registrados 26.653 e em 2021, 3.093 refugiados. Ao todo 54.004 refugiados foram reconhecidos pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE). O número maior, registrado em 2020, ocorreu em razão do fluxo de imigrantes da Venezuela, durante a grave crise humanitária do país vizinho. Até fevereiro de 2022, o Brasil possuía refugiados de 77 nacionalidades, com a Venezuela em primeiro lugar, representando mais de 90% dos casos.
“O assunto sensibilizou as crianças que, assim como disse Dalai Lama, chegaram à conclusão, que o respeito ao próximo é fundamental para que haja paz na Terra”, observa a professora.
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