Mas existem princípios pétreos e, o maior dentre eles, se refera à sacralidade da educação.
Jamais estaria falando de "vacas consagradas" por ideologias, muito menos de princípios pedagógicos imutáveis, uma vez que educar é processo, é uma dinâmica constante e tão vívida quanto a própria vida.
Se para nós, educadores, uma avaliação mal feita que prejudique um aluno é motivo de revolta, como nos calarmos ante o tratamento pouco sério com que a nossa cultura encara a educação sob todos os vieses?
Antes que um incauto leitor (incauto por ler, não por não entender o lido) diga que, ultimamente, o que levou as multidões às ruas foi a educação, replico que ninguém deveria ir às ruas para defender o inatacável!
Não existe hipótese, ao se tratar de educação, de respingos eleitoreiros, de aproveitamentos de ocasião, de bandeiras políticas travestidas de educador, ou seja,jamais podemos falar do futuro com parcialidade, menosprezo e leviandade.
Pode haver alguma dúvida de que qualquer projeto civilizatório começa ou termina na educação?
Até quando seremos obrigados a ocupar as últimas posições nas estatísticas educacionais internacionais?
Governos e tudo que os gravita e pretensas oposições deveriam ter em mente o que os ditos civilizados fizeram e fazem pelas suas políticas educacionais. Como a figura do professor é vista, protegida, prestigiada e acarinhada. Como as suas políticas educacionais não navegam ao sabor de contextos e interesses menores.
Se dizem os céticos que o medo criou Deus, nós educadores sabemos que a esperança criou a educação!
Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.
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