No conjunto de vários artigos destaca-se a hipótese do surgimento de atitudes de caráter sociopsicológico, que poderiam levar a manifestações de agressividade como consequências do longo distanciamento social: o termo mais comum utilizado era bulling.
O que me faz definir tais atitudes como "excessos de zelo descontextualizados" é o que observamos em nosso Colégio. O retorno paulatino à já longínqua normalidade tem revelado a recuperação de sentimentos catalisadores de solidariedade e calor humano.
Chega a ser emocionante a alegre surpresa dos alunos ao encontrarem colegas e professores "nas dimensões reais" do mundo analógico. Tem-se a real sensação da vida renascendo.
Se tais reações serão atitudes efêmeras (cremos que não), no caso de nosso Colégio, o trabalho permanente, na criação e gestão de uma cultura de harmonia fundamentada na cordialidade nos dá a certeza de que o retorno será a recuperação da potencialização de uma vida social ansiada e humanizada.
Dessa forma, somando-se a carência de calor humano à ânsia do espaço escolar, teremos a retomada do DNA a nossa cultura escolar amplificada o que, de forma diametralmente inversa, ocorrerá nas escolas nas quais a normalidade era uma cultura autoritária e de confrontos. Nada além de antigos comportamentos que se amplificarão no sentido anteriormente reinante e que, assim, só se encaminharão para atitudes de conflito ou concórdia prejacentes.
Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.
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