Para que a tradição seja mantida e se recupere o sentido pedagógico das formaturas, é necessário que refletir sobre o que se busca em tais eventos.
Ao educador compete fazer das formaturas um rito de passagem, onde a festa seja a moldura de um conteúdo mais sério: marcar o momento em que, finda a vida escolar, deve o educando dar conta de que um cenário menos protegido e amigável se abrirá; mundo em que uma inusitada orfandade atribuirá aos formandos responsabilidades crescentes e intransferíveis.
Evidentemente que esse rito não pode preterir a alegre comemoração de uma vida de camaradagem. É uma festa da celebração de amizades que se eternizarão; liturgia de carinho entre educandos e educadores que pede reverência.
Para tanto, a pompa e a circunstância podem ser reduzidas àquele que deve ser o padrão adequado às formaturas: um momento de singela e espontânea alegria, dentro da dignidade que a educação exige e que confirma o valor da festa.
Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.
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