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"Devemos reestruturar a forma como tratamos e cobramos a Física"

Para o professor Agnaldo Alves dos Santos, do Colégio FAAP, os alunos precisam brincar mais com a disciplina para ter um entendimento melhor de sua importância

Por Colégio FAAP
Atualização:

Matemática, Física e Química são as grandes vilãs para muitos estudantes. Mas há como diminuir esse sentimento de aversão às disciplinas e mostrar sua importância. O professor do Colégio FAAP, Agnaldo Alves dos Santos, por exemplo, é formado em Física e já está há 36 anos lecionando a matéria, que para ele deve sempre estar em colaboração com as outras áreas.

Para o Blog do Colégio FAAP, ele contou que é apaixonado pelo modo como a Física apresenta o mundo ao seu redor. "Os alunos precisam brincar mais com a Física, e as novas tecnologias podem ajudar", disse.

Confira a entrevista completa.

Para o professor Agnaldo, o aluno precisa brincar, jogar, construir seus modelos de brincadeiras e brinquedos  

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Na sua opinião, qual a importância do estudo da Física?

Hoje em dia, a Física transcendeu os limites de como vemos a ciência: as pessoas conversam e pensam no mundo da física quântica, fazendo associações com diversos conhecimentos de civilizações antigas e com o  cotidiano. Então, mais do que nunca, a Física é importante não apenas pelas novas tecnologias que vêm sendo desenvolvidas, mas também pela forma de pensar do ser humano.

Os alunos compreendem essa importância ou há uma certa dificuldade em entender a utilidade da disciplina?

Há sempre uma dificuldade, pois existe uma divergência entre o que é ensinado e a vivência deste aluno, o que ele assiste e experimenta, o modo como sente a Física.

Então como fazer para que os alunos saibam a importância da Física para suas vidas?

Devemos reestruturar a forma como tratamos e cobramos a Física. E isso deve acontecer em âmbito geral, por conta dos vestibulares. Os alunos precisam "brincar" mais com a Física, e as novas tecnologias podem ajudar nesse " jogo". É preciso utilizar todos os recursos disponíveis.

O aluno precisa brincar, jogar, construir seus modelos de brincadeiras e brinquedos, fazendo com que isso seja uma experiência adquirida. Hoje, as regras dos jogos ou brincadeiras estão pré-estabelecidas nos consoles dos jogos eletrônicos, fazendo com que o aluno ou a criança não experimente seu potencial criativo. Devemos resgatar este momento de diversão e aprendizado.

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Quais as principais carências de formação e que comprometem a aprendizagem?

Para suprir as carências existentes, os esforços devem surgir desde a base do ensino, melhorando a leitura e o entendimento de texto, a base matemática e o envolvimento da filosofia e das ciências. Isso deve ocorrer desde o início do aprendizado do aluno.

Quais recursos o Sr. utiliza para suavizar essas dificuldades?

Trabalho com a integração de ferramentas, como o uso do laboratório, tanto experimental como o virtual (plataformas da web), além da interdisciplinaridade (química, filosofia, matemática entre outras).

Em que medida o Sr. utiliza recursos digitais em sala de aula? Considera um atrativo para tornar as aulas mais interessantes?

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Ainda uso esses recursos de forma tímida, uma vez que temos um conteúdo muito atrelado ao que é cobrado nos vestibulares. Esses recursos digitais são um atrativo, sem dúvida, mas não devem ser a principal ferramenta.

 

 

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