Para estas gerações que não haviam enfrentado o imprevisível e que nasceram acreditando serem possuidoras do direito à felicidade, acordar a cada dia sempre com novas dúvidas, é a variável dolorida sobre a qual devemos construir nossos projetos.
Mesmo que, se para uma minoria, a ciência é uma simples questão de opinião, para outra parcela ficou evidente que as ciências (referências civilizatórias) operam para diminuir as incertezas. Ou seja, conquistas do conhecimento são, sempre, patamares provisórios, que, não colidindo com os valores éticos, constroem o que podemos chamar de evolução humana.
Vivemos uma realidade na educação que não mais aceitará o velho maquiado, não permitirá as velhas e caras aventuras comerciais iluminadas pelo neon camuflador de adaptações feitas a partir de fórmulas estrangeiras. Mais do que nunca, a educação deverá se voltar à realidade específica de cada cultura, trabalhando carências e potencialidades específicas. As desgastadas abordagens massificantes deverão ficar restritas aos bancos de dados e à inteligência artificial.
Resgatar o educando como sujeito da educação é a tarefa a que, definitivamente, nos obrigamos, e que implica num repensar diário das habilidades intelectuais e sociais que o futuro exigirá, atendendo aos anseios da nova geração.
Se perscrutar o futuro é, definitivamente, trabalho inglório, amparar os jovens na construção de seus projetos é sagrada obrigação: foi o tempo em que os mais velhos definiam os sonhos dos jovens como mortalhas de chumbo, os condenando a uma vida de escravos dos anseios alheios.
Criaremos, em cada dia, um novo dia!
Professor Henrique Vailati Neto é diretor do Colégio FAAP - SP. Formado em História e Pedagogia, com mestrado em Administração. É professor universitário nas disciplinas de Sociologia e Ciência Política. Tem quatro filhos e quatro netos.
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