"A maior dificuldade, além da concorrência, é o nervosismo e a pressão que colocamos em nós mesmos", afirma Mariana Volpi, 18 anos, que passou na Faculdade Santa Marcelina. "O vestibulando se cobra demais. Sempre achamos que temos de superar nossos concorrentes, quando, na verdade, devemos superar a nós mesmos", afirma Paula Antonello, 22 anos, aprovada na Unicid.
Alguns estudantes usam táticas para controlar o nervosismo durante a prova, como Vinícius Padua, 20 anos, que passou na Faculdade das Américas. "Se fico muito nervoso, paro o que estou fazendo, fecho os olhos e respiro fundo. Só depois de me tranquilizar, volto para a prova."
No entanto, todo vestibulando concorda que a preparação é o melhor remédio para controlar as emoções. "Como estava estudando do jeito certo e confiante no meu aprendizado, fiquei tranquila no vestibular, pois tinha consciência de que fiz a minha parte", afirma Paula, que focou em estudar as matérias que tinha mais dificuldade. "Estatisticamente, vestibulandos de Medicina vão muito bem em Biologia, mas vão mal em exatas. Logo, é necessário se esforçar nessas matérias mais difíceis para ter um diferencial, além de acertar aquelas que tem facilidade."
Também é preciso aproveitar os momentos de questionar o professor. "Às vezes achamos que nossas dúvidas são bobas, mas na hora de estudar sozinhos vemos que aquela pergunta faria diferença para acertar um exercício", diz Paula.
Vitor Victal, 19 anos, estabeleceu uma rotina para organizar os estudos. "Minha técnica foi estudar bastante de segunda a sexta e dar uma aliviada nos finais de semana. Eu ficava quase o dia todo no cursinho, assistia às aulas e, a cada 1h30 de estudo sozinho, eu dava uma pausa de 15 minutos para fazer outra coisa", conta o aluno, que foi aprovado em Medicina na UFRJ, em Administração na FGV, em Engenharia Mecânica na Unesp e Unicamp, e também em Engenharia Naval na USP, na UFSC e em 1º lugar na UFRJ.