Os nomes dos estudantes serão publicados nesta sexta-feira no Diário Oficial. A decisão ocorreu depois de denúncias e meses de avaliação das autodeclarações. Foram analisadas características fenotípicas, como pigmentação da pele e dos olhos, tipo de cabelo e forma do nariz e dos lábios.
A Comissão Central de Averiguação foi criada em novembro para verificar a veracidade das autodeclarações na instituição. A Unesp não pretende entrar com ações judiciais contra os estudantes.
"Espera-se que, com essa medida, problemas semelhantes não voltem a ocorrer em futuros ingressos no vestibular uma vez que a universidade irá manter e aprimorar o processo de averiguação das autodeclarações dos ingressantes", disse o vice-reitor da Unesp, Sergio Nobre, em reunião nesta quinta-feira no Conselho Universitário, órgão máximo da instituição.
O sistema de ação afirmativa na Unesp, que começou em 2013, reserva 50% das vagas para escolas públicas e, dessas, 35% para pretos, pardos e índios. Os dois primeiros são considerados apenas pela autodeclaração. Os índios precisam também de um aval da Funai.