O Ministério da Educação (MEC) se tornou um caos depois da reportagem do Estadão que mostrou ineficiêcia e paralisia na pasta, identificadas pela comissão de acompanhamento da Câmara dos Deputados. A ordem do ministro Abraham Weitraub é gastar para demonstrar que algo está sendo feito, segundo fontes.
Todas as secretarias do MEC estão sendo consultadas para saber onde é possível colocar dinheiro. A dificuldade de investimento existe porque não foram desenvolvidos programas novos e os gestores têm pouco conhecimento dos antigos.
Segundo fontes, milhões de reais devem ser gastos até o fim do ano. O dinheiro foi liberado diretamente pela secretaria executiva do MEC.

Ontem, em evento em São Paulo, governadores e secretários de educação falaram em "ano perdido" para a área por causa da atual gestão do MEC. "Os cargos mudam a toda hora, começamos a conversar com uma pessoa, de repente não está mais no ministério, não há continuidade", disse o governdor Paulo Camara, do Pernambuco. "O Brasil vai pagar um preço alto por essa inoperância."
Secretários também contaram à reportagem que não houve qualquer planejamento do MEC com os Estados ou diálogo entre os entes.O governo federal tem a função indutora de políticas. O conselho de secretários de educação (Consed) é quem tem ajudado os Estados a pensar e direcionar políticas.