Colégio Santa Maria
23 de novembro de 2018 | 07h30
Autoria: Helika Chikuchi
O fim de ano está chegando e muitas famílias já estão se organizando para aproveitar as férias de verão.
Não importa muito se vocês viajarão para algum lugar, dentro ou fora do país, ou mesmo se ficarão na cidade. O que importa mesmo é que férias familiares são sempre um momento importante para que pais e filhos possam ficar mais tempo juntos, se divertindo, estreitando laços e, por que não, aproveitando também para aprender e ampliar o repertório cultural de todos.
Se a escola e também a sociedade têm um papel importante na educação cultural dos estudantes, a família é ainda mais essencial para iniciar e cultivar hábitos que começam na infância mas precisam continuar sendo cultivados durante a adolescência.
A leitura frequente de livros, jornais e revistas, a ida regular ao cinema, teatro e espetáculos artísticos e, especialmente, as visitas aos museus e exposições acabam frequentemente sendo um pouco “esquecidos” em função das muitas obrigações que a rotina nos impõe e também pela falta de hábito.
Uma pesquisa sobre os hábitos culturais do brasileiro, realizada pelo Instituto Datafolha entre 14 de junho e 27 de julho de 2017, mostrou que apenas 31% das pessoas entrevistadas estiveram em um museu ou exposição há menos de um ano, e que cerca de 29% nunca foi a um espaço desses.
Não surpreende, portanto, que dentre os milhões de turistas que visitam o Rio de Janeiro, poucos já tenham dedicado algum dia de sua viagem para visitar algum dos vários museus da cidade, como é o caso do Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, e que foi destruído por um incêndio em 2 de setembro de 2018.
Poucas pessoas perceberam realmente o que representa a perda do acervo desse museu, criado em 1818 por D. João VI. Com 200 anos de existência completados em junho, o Museu Nacional era a instituição científica mais antiga do país: além de ser um local de pesquisa, havia coleções de geologia, paleontologia, botânica, zoologia, antropologia biológica, arqueologia e etnologia, muitas delas com peças insubstituíveis.
Nesse museu estava exposto, por exemplo, o crânio de Luzia (cujos fragmentos foram quase totalmente recuperados, em meio aos escombros), o fóssil humano mais antigo das Américas, e o meteorito Bendegó, que é o maior encontrado até hoje em território brasileiro, além de múmias, fósseis de dinossauros e muitos documentos históricos.
Visitar museus de História, Arte, Ciência e Tecnologia possibilita ampliar o repertório cultural, estimula a curiosidade, a observação e a sensibilidade e pode sim gerar experiências agradáveis, vividas em família.
Assim, que tal incluir pelo menos uma visita a um museu ou a uma exposição nas próximas férias?
Como sugestão, segue uma lista elaborada aqui no Santa Maria com alguns museus de Ciências localizados na cidade e que valem uma visita:
Todos os horários foram retirados da página de cada museu, portanto, não nos responsabilizamos por eventuais alterações em relação à informação disponibilizada.
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