COLÉGIO SANTA MARIA
19 de setembro de 2016 | 09h31
Autoria: Andrea De Divitiis
Onde há pessoas, há política. Muitas vezes, imaginamos que a política só está relacionada ao poder público, mas todos nós fazemos política em casa, nos bairros, na escola, no trabalho… em diversos contextos sociais. A escola é um espaço de aprendizado político: aprender a conviver, a tolerar, a respeitar, a dialogar e a evitar conflitos. Aprender a negociar, a ceder, a ouvir outras opiniões, a respeitar e se fazer respeitar são atitudes fundamentais no exercício da política. Nos espaços públicos, devemos respeitar as normas e fazer valer nossos direitos, ou seja, ser um cidadão. A cidadania é importante porque vivemos cercados de gente: a criança, seus pais, familiares, amigos, vizinhos e professores se relacionam com outras pessoas todos os dias. Para que indivíduos tão diferentes convivam bem, é preciso que todos sigam regras.
Muitas delas são aprendidas em casa. Algumas na escola e outras, com os amigos. E há outras que são estabelecidas pelas leis. No Brasil, a principal lei é a Constituição, que define direitos e deveres de todos os brasileiros.
Do exercício da cidadania faz parte a escolha de um representante, por meio de votação, para executar o que for preciso na cidade para que ela funcione bem em todos os serviços oferecidos aos cidadãos que nela habitam. Partindo desse pressuposto, os alunos do 3º ano do Fundamental I do Colégio Santa Maria participam do Projeto Eleições.
Iniciamos o projeto em sala de aula, com a brincadeira “ O mestre mandou”. Este jogo exigiu muita atenção, pois os alunos que não cumprissem as ordens, saíam da brincadeira. A diversão estava na dificuldade das tarefas dadas pelo chefe. Desta forma, analisamos a dificuldade em cumprir as regras do jogo, em perceber que não é correto colocar tarefas que o grupo não pudesse cumprir, o que era importante para ser um bom mestre, e se um representante, um prefeito ou presidente da República precisam ser bons “mestres”. Após debater, as conclusões coletivas foram registradas.
Em outro momento, realizamos o processo eleitoral para a escolha de um REPRESENTANTE DE CLASSE, nos moldes das eleições que serão realizadas em 2 de outubro, portanto um candidato e um vice.
Todos os candidatos fizeram suas propagandas em cartazes e expuseram oralmente o que fariam por todos os alunos. Em outro momento, fizemos a leitura sobre o governo do município, os serviços públicos prestados. Abordamos também os três Poderes, a votação direta e secreta, a idade mínima para votar, a obrigatoriedade a partir dos dezoito anos, o título de eleitor, a urna eletrônica e também como fazer a escolha de seus candidatos.
Para a escolha, foi feito um debate entre os candidatos, com as regras definidas – tempo de cada candidato para argumentar, descrever suas propostas, o mediador interferir em caso de transgressão dos combinados, respeito mútuo – e definimos o mediador do debate. Depois do debate, conversamos sobre as atitudes dos candidatos: se foram éticos, se não prometeram coisas que não poderiam cumprir e se eles se respeitaram.
Durante as discussões, os alunos aprenderam que, para votar de forma consciente, é necessário ficar atento às notícias divulgadas em jornais, sites, revistas e programas de televisão.
A eleição foi informatizada, com um aluno como mesário. Assim, eles perceberam a rapidez do resultado, que saiu, praticamente, no final da eleição de nosso representante de classe.
Depois de parabenizar o eleito Gustavo Franco e sua vice, Giovanna Moraes., fizemos a avaliação de todo o processo eleitoral.
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