COLÉGIO SANTA MARIA
27 de abril de 2016 | 07h30
Autoria: Elizabeth Nishiyama Muniz
Logo nas primeiras semanas de adaptação do Jardim II, as crianças demonstraram interesse pelo caracol, imitando-o em suas brincadeiras nos espaços externos: parques, campo, bosque, até surgir a pergunta que lançou nosso projeto: “Caracol e caramujo são iguais?”.
Uma das atividades realizadas foi o “passeio de aprendizagem”. Nele, descobrimos a circularidade do caracol em diferentes espaços, objetos e figuras, como na imagem do hidrante, na amarelinha em formato espiral, nos elementos da natureza como sementes, pedras e folhas. Momentos que fazem parte da rotina dos alunos do Colégio Santa Maria e proporcionam o desenvolvimento de habilidades importantes, como conhecer, identificar, comparar, relatar, localizar, cuidar, relacionar, imitar, representar, observar, explorar, descobrir, investigar.
Foi durante uma ida ao banheiro que uma das crianças percebeu a imagem do hidrante, dizendo: “É um caracol! Preciso avisar os amigos que tem caracol na escola!”.
Nesse sentido, o olhar, a escuta e o envolvimento do professor são fios condutores para as descobertas das crianças, uma parceria que busca dar sentido aos aprendizados.
Segundo Katia Smole, “No seu processo de desenvolvimento, a criança vai criando várias relações entre objetos e situações vivenciadas por ela e, sentindo a necessidade de solucionar um problema, de fazer uma reflexão, estabelece relações cada vez mais complexas que lhe permitirão desenvolver noções matemáticas mais sofisticadas”.
Em primeiro momento, a exploração é sentida corporalmente, imitando, por exemplo, o movimento do caracol, encolhendo-se para o casco. Em seguida, pelo toque e pela análise visual, as crianças exploram os objetos selecionados pela professora e expõem o que foi percebido por elas, como mostra a imagem abaixo na exploração dos blocos lógicos:
Por último, utilizamos o registro como forma de sistematização das aprendizagens. A ação que revela o pensamento é um diálogo entre o vivido e o aprendido. Dessa forma, as crianças fazem como um espiral: movimento de ir e vir em suas hipóteses e confronto de ideias, reelaborando-as de acordo com suas experiências.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.