COLÉGIO SANTA MARIA
07 de maio de 2018 | 09h00
Autoria: Melissa Ferronato
Malala era uma menina que queria ir para a escola. Mas, no lugar onde vivia, isso era proibido. Livros, só escondido. No caminho para a escola havia muitos perigos. Riscos inimagináveis, de morte até. (página 9)
É tão difícil imaginar no contexto em que vivemos no Colégio Santa Maria que a uma menina seja negado o direito de frequentar uma escola. Que perigos inimagináveis povoam o caminho de chegada ao local que deveria acolher com segurança todos os meninos e meninas sem qualquer tipo de distinção.
Foi dessa forma que iniciamos as reflexões sobre o livro Malala, a menina que queria ir para escola, da jornalista Adriana Carranca, que trouxe duas mulheres bastante fortes e corajosas para o centro das aulas de Português do 6º ano.
Ao enfrentar diversos perigos para chegar e permanecer por um tempo no Vale do Swat, região onde nasceu e viveu Malala até sofrer o atentado que mudou seu destino – pois junto com a família a menina transferiu-se para Inglaterra – Adriana Carranca, jovem jornalista, mostrou ter uma dose extra de coragem e força. Rendeu-se aos costumes locais na busca pela reconstituição dos fatos que circundaram a vida de Malala Yousafzai durante o período em que viveu no Paquistão.
Uma narrativa com tom documental, didática e cuidadosamente ilustrada para nos dar a dimensão precisa de uma cultura tão diferente da nossa, e de fatos que influenciaram a história de outros países, ameaçados pelo terrorismo.
Em uma roda de leitura, mergulhamos nos dois primeiros capítulos da obra e em seu contexto de produção. Malala transformou-se no símbolo contra a violência a meninas em diversas partes do mundo. E os sextos anos terão a oportunidade de entender o porquê a garota ganhou o prêmio Nobel da paz em 2014, com apenas 17 anos.
A obra será lida ao longo do ano, e a partir dela serão desenvolvidos trabalhos interdisciplinares vinculados ao projeto da série: Sou o que sou pelo que nós somos, e ao tema da campanha da fraternidade de 2018, Superando a violência.
Para o aluno é uma oportunidade de perceber que não precisa ser adulto para agir em prol do outro e transformar uma realidade. Isso pode ser feito no próprio espaço de convívio, na relação com os colegas, com a comunidade. Coragem e ação para mudar e transformar.
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