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Opinião|Como ajudar os filhos a não abusarem do uso da tecnologia durante a pandemia

Especialista orienta sobre os principais fatores que envolvem o tempo de exposição a celulares, computadores, tablets e videogames.

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Atualização:

Para falar mais sobre o tema, o professor de Tecnologia, Letramento Digital e Cultura Maker do Colégio Rio Branco, Jorge Farias, analisa aspectos importantes e tira algumas dúvidas que podem ajudar familiares e responsáveis:

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Como os pais podem orientar as crianças e adolescentes a dosarem o tempo que utilizam os dispositivos digitais para os estudos e diversão, de forma equilibrada e saudável?

Primeiro, precisam conhecer bem as necessidades digitais escolares dos filhos, como a participação nas aulas remotas, projetos e lições de casa. Essa demanda dará uma noção do tempo que os filhos precisam para supri-la no ambiente virtual, evitando equívocos na limitação de tempo de uso. Depois, conhecer seu lazer virtual e, se possível, até se divertirem juntos! Então, conhecendo essa rotina, os pais devem lembrar da importância da convivência em família, sugerindo outras atividades offline, como jogos de tabuleiro, caminhadas e passeios (considerando as restrições sanitárias), leitura de livros do interesse dos filhos, culinária caseira etc. A chave para o equilíbrio é participar ativamente da rotina e ter sugestões de rotinas "desplugadas".

Quais os aspectos positivos e negativos que envolvem os recursos tecnológicos durante a quarentena, incluindo o desenvolvimento social, a saúde mental e a questão da segurança digital das crianças e jovens?

Positivos: os recursos tecnológicos possibilitaram manter o acesso aos conteúdos escolares e a comunicação constante com professores, colegas de sala e familiares, evitando um lapso de aprendizagem e diminuindo o distanciamento social e o isolamento, que podem gerar sentimentos negativos como tristeza, tédio e solidão. Outro ponto positivo é a percepção de que esses recursos, como o telefone celular, são grandes aliados da educação quando direcionados para o uso pedagógico e mediados pela família e escola. Também evidenciaram ferramentas digitais até então pouco utilizadas, como salas virtuais e plataformas educacionais, ou que não têm cunho pedagógico mas podem ser adaptadas ao uso escolar, como redes sociais e jogos online, agregando recursos e criatividade no repertório de aprendizagem e aumentando as habilidades digitais tanto dos alunos quanto dos professores e das famílias.

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Negativos: o aumento no tempo de uso desses recursos, sem mediação e pausas, pode trazer malefícios à saúde, como cansaço nos olhos, dores de cabeça e na coluna, sedentarismo e menor convivência familiar. Além disso, as crianças e adolescentes ficam mais expostos no ambiente virtual e, sem o acompanhamento familiar, podem ser vítimas de situações desagradáveis, como cyberbullying, phishing (exposição de dados pessoais) e desafios online com tarefas prejudiciais à saúde. O uso dos recursos tecnológicos por crianças e adolescentes deve estar sempre atrelado à mediação da família e da escola, que garantirão o cultivo de hábitos virtuais saudáveis e a segurança digital.

 Foto: Estadão

Jorge Farias é professor de Tecnologia, Letramento Digital e Cultura Maker do Colégio Rio Branco. Psicopedagogo, pedagogo e graduado em Sistemas de Informação. Especialista em Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação, e em Tendências Emergentes em Educação pela Tampere University of Applied Sciences (TAMK), na Finlândia. É um Educador Google - certificado pela Google for Education.

 

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