PUBLICIDADE

Foto do(a) blog

Blog dos colégios

Colégio Humboldt oferece matérias eletivas que se assemelham ao Novo Ensino Médio

Com proposta voltada para formação integral do aluno, eletivas são de livre escolha e principal objetivo da instituição é fortalecer a autonomia do jovem; Com a primeira grande reforma realizada há 50 anos, segmento passa por uma segunda alteração, em que escolas de todo país devem se adequar ao modelo até 2022 

Por Colégio Humboldt
Atualização:

A partir de 1971, o chamado 2º grau, atual Ensino Médio brasileiro, passou a ser parte obrigatória da formação básica por meio da Lei 5.692 da Reforma do Ensino e a ter como principal objetivo a profissionalização. Em 1982, a Lei 7.044 dispensou as escolas do caráter obrigatório da profissionalização e o termo "preparação para o trabalho" passou a ser opcional. Conforme a Lei 13.415 da nova Reforma de 2017, as instituições de ensino deverão cumprir a BNCC com formação geral básica em 60% da carga horária e os restantes 40% serão divididos em cinco itinerários formativos e optativos: Linguagens e Códigos, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, e Formação Técnica. 

PUBLICIDADE

Anteriormente à Lei de 2017, o Colégio Humboldt, instituição bilíngue e multicultural (português/alemão) localizada em Interlagos (São Paulo), já ofertava opções que se assemelham à proposta da reforma. Um piloto com duas aulas semanais é oferecido aos alunos, uma experiência em direção à ampliação da carga horária que o Novo Ensino Médio exige, sendo 22 matérias eletivas por ano: seis para a 1ª série, oito para a 2ª série e oito para a 3ª. 

Para Talita Marcilia, coordenadora do Ensino Médio do Colégio, a reforma é uma possibilidade para essa fase da educação básica se reinventar. "A pandemia acelerou uma compreensão e adesão às metodologias ativas e o Novo Ensino Médio reforça essa necessidade, a possibilidade de trabalho por áreas, pautado nas habilidades e competências e não somente conteudista ou voltado para a preparação para vestibular, mas uma formação integral, com a possibilidade de o jovem se preparar para viver em sociedade e para a vida no mercado de trabalho".

No Colégio Humboldt, as eletivas fazem parte da grade horária, estão interligadas com o currículo regular e foram criadas para que o aluno escolha a opção que deseja cursar. Dentre as matérias oferecidas estão "Química Nuclear", "História em Quadrinhos: Uma Leitura Crítica", "Cultura Visual", "Lógica de Programação", "Conflitos étnicos-nacionalistas e separatismo" e "As doenças e as transformações históricas". Algumas das eletivas são matérias MINT, projeto do Colégio que recebeu certificação alemã no ano passado e que tem o objetivo de estimular o interesse dos alunos nas áreas de ciências investigativas e de pesquisas por meio da Matemática, Informática, Ciências da Natureza e Tecnologia para os estudos e futura carreira profissional.

Nota de corte e ganho para aluno

Publicidade

O Colégio Humboldt utiliza o critério da nota que o estudante teve na área escolhida no ano anterior como seleção para as eletivas. A média da nota pode representar uma barreira para ele cursar o tema que optou. "Além da questão da escolha, a proposta das eletivas também passa pelas competências socioemocionais: como ele lida com a frustração de não poder fazer o curso escolhido por falta de nota", avalia a coordenadora. 

Talita comenta que o objetivo de utilizar a parte final da formação básica com matérias eletivas é de fortalecer a autonomia do aluno, objetivo educacional com potencial para ampliação no Novo Ensino Médio do Colégio. "Em 2022, isso será muito ampliado e intensificado. Integrar o processo de formação, não só à escolha profissional, mas à opção que ele faz nesse trajeto, impacta o que ele fará após o Ensino Médio. Analisar, elaborar, reconhecer e aplicar isso em um potencial transformador são habilidades adquiridas em um caminho a ser trilhado", conclui Talita Marcilia. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.