Do Colégio
23 de outubro de 2015 | 12h20
Os cursos de teatro não existem apenas para pessoas extrovertidas ou que desejam seguir carreira nesta área. Na escola, as aulas de teatro funcionam como ferramenta pedagógica de desenvolvimento humano da criatividade e da linguagem, segundo Gabriela Stark Dorado, professora de Teatro do Colégio Horizontes Uirapuru. “Todos nós nascemos com a capacidade de criar. O teatro na escola tem a função de aprimorar essa face criativa. Por meio de brincadeiras, jogos e dança o aluno passa a conhecer um mundo novo de possibilidades. Não existe certo e errado nessas aulas. O palco é um lugar em que o erro pode virar acerto e que a capacidade de improvisação é sempre muito bem-vinda”, comenta.
No Colégio Horizontes Uirapuru, o projeto envolve desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. O teatro chegou ao Colégio há 35 anos, com aulas semanais, e traz abordagens diferentes para cada faixa etária. Com os alunos mais novos, trabalha-se mais a parte lúdica com brincadeiras que estimulam o cooperativismo e a criação. Com alunos mais velhos o importante é o processo que eles vivem na construção do espetáculo a cada final de ano. O método de Criação Coletiva permite que todos os alunos sejam atores criadores, escrevendo cenas, criando coreografias e auxiliando nas diversas áreas do teatro.
Habilidades como percepção e foco são desenvolvidas por meio deste trabalho, melhorando inclusive o desempenho dos alunos na sala de aula e deixando-os menos inibidos. Gabriela Martins, diretora do Horizontes explica: “É possível perceber a evolução do aluno no crescimento emocional e cognitivo. O aluno aprende a improvisar, desenvolve a oralidade, a expressão corporal e o vocabulário. Além disso, o teatro estimula a cooperação, o relacionamento entre os colegas e principalmente a autoconfiança”.
Em comemoração ao Ano Internacional da Luz, os grupos do Horizontes apresentaram neste ano de 2015, no Anfiteatro do Esporte Clube Pinheiros, os espetáculos “Luz, Câmera e Animação!” – por alunos da Educação Infantil ao 4º ano do Ensino Fundamental –, e também “Uma cena em ação” – com alunos do 5º ano do Fundamental à 2ª série do Ensino Médio.
A professora Gabriela Stark Dorado finaliza: “Muitas vezes o que vemos atrás das cortinas nos emociona mais do que os aplausos do público, porque esses momentos refletem os meses de experiências e de descobertas. O teatro abre janelas para os sonhos e portas para o autoconhecimento”.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.