Escola Morumbi
12 de setembro de 2017 | 11h00
Nas aulas de Laboratório de Física da Profª. Sabrina Romano, a busca de um vídeo no YouTube facilitou o entendimento dos alunos sobre Cinética.
Todas as escolas vivem um dilema atualmente: os alunos podem ou não usar celulares em sala de aula?
Para resolver a situação, a Unidade Moema da Escola Morumbi usa o celular positivamente para o aprendizado. “A ferramenta facilita o entendimento do aluno, mas são necessárias regras que os auxiliem na descoberta de outras utilidades do aparelho”, diz Tamine Manzin, coordenadora da instituição.
De acordo com o Comitê Gestor da Internet (CGI), 82% das crianças e adolescentes usam o celular para acessar a internet, facilitando novas formas de pesquisar e aulas online em prol da aprendizagem.
“Aqui na Escola Morumbi os celulares devem ser desligados quando os alunos chegam e só devem ser religados após o sinal da saída”, diz a coordenadora.
Esta medida estimula uma socialização maior e não virtual, além de promover maior aproximação e integração entre os estudantes, que buscam maneiras diferentes de utilizar seu tempo livre.
Em sala de aula, os celulares são permitidos apenas para uso pedagógico, a critério do professor, como na realização de pesquisas para a melhor compreensão de determinados assuntos.
Em aulas de humanidades a consulta é maior, mas as áreas de exatas e biológicas também são beneficiadas pelo uso do aparelho.
Nas aulas de Laboratório de Física da Profª. Sabrina Romano, por exemplo, a busca de um vídeo no YouTube facilitou o entendimento dos alunos sobre Cinética.
O papel dos nossos professores é auxiliar no uso do celular como ferramenta de pesquisa de trabalhos, ensinando os alunos a selecionar sites confiáveis, a comparar os resultados das buscas feitas em sites diferentes, e a adequar a linguagem para o tipo de produção necessária para a tarefa, seja escrita ou oral.
Já os pais ajudam na fiscalização do comprometimento dos filhos com a pesquisa, uma vez que a Escola Morumbi prima por essa parceria escola-família. “O método ajuda os estudantes a procurar conhecimento de forma independente, com o objetivo de desenvolverem seus próprios saberes”, diz Tamine.
O celular se consolidou como o meio mais utilizado de acesso à internet, segundo dados do Suplemento de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2015.
Por essa razão, é importante que algo tão utilizado no dia-a-dia seja incluído no ambiente escolar.
“Funciona como uma ferramenta ampla e de fácil acesso, permitindo sua utilização de maneira didática, sem ferir nossos princípios básicos: uma educação que forme os estudantes para a vida acadêmica, para o trabalho e para o mundo”, conclui a coordenadora.
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