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Colégio Agostiniano São José terá projeto para auxiliar pais com filhos na fase da adolescência

Por Vanessa Rabello
Atualização:

Ver o filho crescer não é uma tarefa fácil. Aquele bebê completamente dependente para caminhar e se alimentar está crescendo. É dado início à trajetória escolar. As primeiras lições de casa e avaliações. Impossível qualquer mãe ou pai não se emocionar ao ver seu filho lendo as primeiras palavras.

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Essa fase parece difícil, os pequenos começam a ter mais autonomia, os traços da personalidade começam a ser ressaltados, mas por enquanto, tudo está sob controle. Eles acompanham nos passeios da família e estão sempre por perto.

A adolescência vem chegando e qual pai e mãe não fica preocupado com essa fase de tantas transformações? Aquele menino dócil e desenvolto começa a se tornar tímido e mais calado. A menininha meiga e delicada passa a se transformar na menina mais falante e popular.

É aí que a parceria entre Colégio e família se tornam ainda mais importantes. Neste sábado, dia 15, os responsáveis pelos alunos do nono ano, fase importante da passagem do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, foram convidados para uma conversa com os coordenadores pedagógicos, André Condes Ferreira e Marcelo Veraldi Cabral, e com o orientador educacional da terceira série do Ensino Médio, Roger Yamaguishi.

O Colégio Agostiniano São José dará início ao Projeto Adolescer. Os alunos e familiares a partir do oitavo ano do Ensino Fundamental até a Terceira Série do Ensino Médio serão envolvidos em uma parceria para acompanhar o crescimento do jovem, tanto na parte educacional, como pessoal.

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Este programa terá como responsável Roger Yamaguishi, psicólogo devidamente registrado em seu respectivo conselho regional, especializado academicamente em orientação vocacional e profissional, deixando então o cargo de orientador da Terceira Série.

O trabalho será dividido em duas partes. Para os alunos do Oitavo Ano até a Primeira Série do Ensino Médio, o foco será nos cuidados com os conflitos da adolescência, rendimento e a pressão acadêmica. A partir da Segunda Série, o viés será de orientação profissional.

Dentro do Projeto Adolescer, os pais também estarão envolvidos para compreender a chegada do filho na adolescência, podendo auxiliá-lo para que seja possível amenizar as dificuldades enfrentadas nesta fase e no auxílio da escolha da carreira.

Os responsáveis serão convidados a participar de um ciclo de palestras, denominado "Escola de Pais", com participação direta, tirando dúvidas e levantando pontos relevantes. O primeiro encontro será no mês de outubro deste ano.

Durante a conversa, Marcelo Veraldi Cabral ressaltou a importância da vivência do aluno dentro do âmbito escolar, "a grande vantagem de termos os alunos conosco em período integral é a de saber o que estão fazendo, estamos de olho no que está acontecendo com eles".

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O coordenador pedagógico associou as preocupações antigamente vivenciadas quando os filhos estavam na rua com o uso do celular e ressaltou que, enquanto o aluno está dentro do Colégio, ele está protegido e toda a equipe está alerta para cuidar deste jovem.

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Durante a palestra, Roger falou sobre as dificuldades da adolescência, que é um período de luto, um período de sofrimento, "o corpo infantil muda, a imagem da criança tem que ser abandonada e o jovem começa a perceber que os pais não podem fazer tudo como na idealização da infância".

O psicólogo ainda ressaltou que o programa visa auxiliar o aluno a conquistar a autonomia, conseguir definir o que é o melhor para si, não significando a independência, mas sim, ter a consciência que para se conquistar os objetivos, é preciso recorrer a alguém.

"São muitas mudanças em um curto espaço de tempo, esta geração está cada vez mais imediatista, conectada vinte e quatro horas nas redes sociais e para tudo isto é preciso de um suporte, de um apoio e o departamento servirá como auxílio nos âmbitos pessoal e escolar", complementou Roger.

O Projeto visa envolver toda a comunidade escolar para que a chegada à adolescência se faça da forma mais branda possível, sem perder o foco do ensino forte dentro da sala de aula, mas lado a lado com uma equipe humanizada.

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