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Quando determinação e garra são essenciais no processo de candidatura

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Por Andrea Tissenbaum
Atualização:

Gabriel Cunha | SESI BA | Crédito: Divulgação  

Ex-aluno do SESI em Piatã, Salvador, Gabriel Cunha ganhou bolsa integral para graduação na Tufts University, Estados Unidos.

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Ex-aluno da Escola SESI Djalma Pessoa, em Salvador, Gabriel Cunha acaba de ser aceito para fazer sua graduação com bolsa integral na Tufts University, localizada em Boston, Estados Unidos, onde vai estudar Economia e Relações Internacionais.

O jovem baiano, de 19 anos, começou a sonhar com a possibilidade de estudar no exterior desde cedo. Aos nove, seus pais investiram em seu aprimoramento no inglês e o contato com o idioma mudou sua trajetória. "Saber bem a língua abriu novas portas e, sem dúvida, facilitou o processo de minha candidatura a universidades internacionais", ele conta.

Tufts é uma referência na área de Relações Internacionais nos EUA e Gabriel está bastante animado para começar seus estudos. "Estou certo que terei diversas oportunidades de pesquisa e de envolvimento em atividades extracurriculares. Em Tufts, quero me aprofundar em Engenharia Política, minha área de interesse. Desejo unir políticas públicas com inovação e me capacitar para colaborar com o desenvolvimento do Brasil quando retornar".

A aprovação de Gabriel foi resultado de muito trabalho e de um amadurecimento necessário para fazer uma boa candidatura. É que em 2018, quando tentou fazer seu application pela primeira vez, não conseguiu ser aceito em nenhuma universidade com bolsa de estudos.

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"Acredito que como ainda não tinha definido minha área de estudo, não transmitia o que queria cursar corretamente para as universidades. Já na segunda tentativa, que fiz por minha conta, além ter alcançado notas melhores nas provas padronizadas, também consegui expressar meu desejo de pesquisar Engenharia Política. O processo foi mais difícil, especialmente porque as provas e as candidaturas são caras. Meu pai é representante farmacêutico e minha mãe esteticista, eles fizeram um enorme esforço para me apoiar financeiramente e acreditaram em mim. Em 2018, tive apoio integral como bolsista dos programas Brasa Pré e Bolsa Crimson Brasil que foram fundamentais para compreender o que eu tinha que fazer. Então, no intervalo entre 2018 e 2019, pude aprimorar o conhecimento que recebi deles para fazer um bom application, o que com certeza, transpareceu nas minhas cartas de motivação".

Envolvido com as áreas de política e relações internacionais, durante seus estudos no SESI, Gabriel ganhou destaque no Clube de Relações Internacionais, Grêmio Estudantil, simulações da ONU e outros eventos. 

"Em 2017, participei do Parlamento Jovem Brasileiro, na Câmara dos Deputados, onde fui eleito presidente de comissão e tive meu projeto aprovado. Em 2018, fui bolsista em um curso de verão sobre Relações Internacionais e Economia, o Yale Young Global Scholars, na Yale University. Além da experiência incrível que vivi, também pude, após o programa, fundar uma conferência internacional sobre Engenharia Política com alguns colegas que conheci por lá. Em 2019, fui o mais novo participante do Youth Ag Summit, conferência internacional da Bayer, onde desenvolvi um sistema de bolsa de valores social. 

Também sou bastante ativo em atividades extracurriculares, das quais destaco o SuperMentor e o Acadêmicos. No Supermentor, plataforma virtual que traz conteúdo gratuito para estudantes que desejam se candidatar a universidades nos EUA, criei e coordeno a newsletter. Já no Acadêmicos, no Instagram @oficialacademicos, que divulga oportunidades acadêmicas nas redes, atuo como gerente de projetos. Coordeno nossos times internos com mais de 40 membros e juntos desenvolvemos iniciativas bem originais como banco de dados de oportunidades, jornada de capacitação de membros e programa de inclusão de jovens desprivilegiados".

Com a chegada do coronavírus e todas as mudanças no panorama do ensino internacional, Gabriel aguarda ansioso para saber quais serão os próximos passos. "Tufts ainda não deu um parecer sobre termos ou não aulas presenciais em setembro. Eles estão em contato e fazendo de tudo para que isso aconteça, mas caso contrário, seremos notificados. Acredito que o primeiro ano de estudos nos Estados Unidos tenha várias tradições, como a semana de orientação de novos alunos, por exemplo. Não ter aulas presenciais vai impactar bastante essa experiência, mas espero que tudo dê certo e essa crise passe logo", afirma esse jovem cheio de garra e determinação.

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>> Leia mais: Superação e iniciativa podem mudar sua vida 

Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais.Entre em contato: tissen@uol.com.br

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