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Os ganhos de uma graduação no exterior

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Por Andrea Tissenbaum
Atualização:

Gabriel Barreto na escada da biblioteca da Nova SBE | Foto: Andrea Tissenbaum

Gabriel Barretto conta sua experiência na Universidade Nova de Lisboa e as vantagens de ter participado do programa semestre pré-universitário.

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Fazer a graduação em um outro país, apesar de ser o sonho de muitos jovens, pode ser um processo difícil que exige um tempo maior de adaptação. Na maioria dos casos, essa é a primeira vez que saem de suas casas e deixam suas famílias. No exterior, passam a ter que cuidar sozinhos de seu cotidiano e, a administração das novidades que surgem, nem sempre é fácil.

Por isso, é melhor chegar em um novo destino com tempo para fazer a adaptação. Costumo sugerir um curso de curta duração para melhorar a fluência no idioma, um mês de férias para se estabelecer ou um semestre pré-universitário.

Essa foi exatamente a opção do baiano Gabriel Barreto que, aos 17 anos, partiu para Lisboa. Quando Gabriel estava por finalizar seus estudos em Salvador, pesquisou as opções que teria para cursos de graduação em administração. Ficou conhecendo a Nova School of Business and Economics e se encantou com o curso de Management.

"Comparei os programas das melhores escolas de administração no Brasil e na Europa e, em termos de custo-benefício, a NOVA era uma excelente opção. Então, decidi que teria que dar esse passo em minha vida e agarrar essa oportunidade.

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Eu sempre fui um ótimo aluno e tirei uma pontuação bem alta no ENEM. Poderia ter me candidatado à NOVA usando o resultado da minha prova. Mas gostei da proposta do Semestre Pré-Universitário - SPU oferecido pela universidade. Achei que esse caminho seria uma forma de minimizar o impacto de mudar de país. Vários amigos meus, brasileiros que vieram para cá, me contaram que tiveram muitas dificuldades com os estudos. Eles me explicaram que além de todo o choque da mudança, tiveram que cursar matérias na universidade para as quais ainda não estavam bem preparados.

No semestre pré-universitário da NOVA o processo é diferente. Seus colegas de classe estão na mesma situação que você, todos chegando, então criar uma rede de amigos é mais fácil. Um outro aspecto positivo é que você cursa menos matérias e o conteúdo delas ainda está próximo ao do ensino médio no Brasil. Isso facilita a adaptação e a entrada na universidade. O choque inicial é menor e quando você finalmente entra para a faculdade, está adaptado.

Durante o SPU cursei introdução a macroeconomia, introdução a empresa, matemática e inglês. Todas as aulas eram em inglês e os conteúdos, bem novos para mim, bastante desafiadores. O semestre pré-universitário não é nada fácil. Eu que era ótimo aluno no ensino médio no Brasil, tive dificuldades em matemática e em inglês. Meus colegas também tinham dificuldades em algumas matérias. É um programa que você tem que levar a sério, não é um intercâmbio cultural. Precisa estudar bastante para conseguir se colocar bem e entrar na faculdade. Se você não passar nos cursos, não entra para a universidade e o seu investimento se perde.

No meu caso, gostei demais da nossa professora de inglês que sempre conversava muito com a gente e nos ajudava a aumentar nosso vocabulário. As aulas de microeconomia e matemática também foram importantes - me deram uma boa base para cálculo, que é uma das matérias que estou cursando agora", conta Gabriel.

Gabriel Barretto na entrada do novo campus da NOVA SBE em Carcavelos | Foto: Andrea Tissenbaum

O jovem e simpático estudante foi da primeira turma do semestre pré-universitário da NOVA, criado no final de 2017. Desde fevereiro de 2018 está em Lisboa e teve seis meses para se adaptar bem ao ritmo local. Apesar dos dois países terem varias semelhanças, as diferenças entre Portugal e Brasil são marcantes, afinal são culturas com peculiaridades muito próprias. Falamos o mesmo idioma, mas nem sempre queremos dizer a mesma coisa.

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Para Gabriel, os principais desafios gerados pela mudança foram aprender a morar sozinho e o frio - afinal ele é de Salvador. "Ainda sinto muitas saudades da minha família, mas acho que quanto mais tempo você passa aqui, mais fácil fica a adaptação. Meus pais vieram comigo no início, passei as férias de verão no Brasil e volto agora em fevereiro".

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Ele conta que as oportunidades internacionais que se abriram com a ida para a NOVA foram um ganho excepcional. "Hoje eu posso fazer intercâmbio em várias faculdades internacionais e, quando me formar, vou poder trabalhar em diferentes países. Eu também mudei, amadureci, estou aprendendo a cuidar de mim. Também fiz amigos de várias partes do mundo e isso certamente faz você expandir seus horizontes. Além disso, a segurança que temos aqui é valiosa. Poder andar na rua de madrugada com o celular na mão, sem correr nenhum risco é muito bom".

Em seu primeiro semestre em Lisboa, Gabriel morou em um apartamento enorme com outros 10 estudantes europeus que estavam fazendo intercâmbio pelo programa Erasmus. A experiência foi bem divertida, mas quando as aulas começaram no novo campus da NOVA SBE, ele se mudou para um quarto individual no housing.

Novo campus da NOVA SBE em Carcavelos | Foto: Andrea Tissenbaum

"Comparado aos preços de Lisboa, meu aluguel é mais ou menos a mesma coisa. A diferença é que o contrato com a universidade é de 10 meses, então se eu vou para o Brasil nas férias não preciso pagar o aluguel. Além disso economizo no transporte. Tenho tudo que preciso aqui no housing. Talvez não seja tão divertido como morar em Lisboa. Como este campus é novo, ainda não tem muito para fazer aqui por perto. Mas é um lugar incrível, lindo e próximo da praia. Aqui estou mais focado, mais estudando que me divertindo, e como tenho que acordar cedinho para ir para a aula, é melhor para mim. Chego em menos de 10 minutos!"

Para quem está querendo fazer a graduação no exterior, Gabriel deixa uma dica. "Nesses tempos difíceis que estamos passando no Brasil, acho que é importante ampliar suas perspectivas e abrir seus horizontes. Esta experiência é ótima e vale muito a pena. Eu tinha bastante medo de deixar o Brasil, de deixar minha casa, de sair da minha zona de conforto. Agora eu vejo que fiz a escolha certa. O curso é bastante puxado e eu já percebo a diferença. Atualmente faço quatro matérias, tenho provas todas as semanas e preciso me organizar bem. Se você está pensando em fazer isso, corre atrás porque vale a pena".

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Andrea Tissenbaum esteve em Lisboa em outubro de 2018, a convite da Reitoria da Universidade NOVA de Lisboa, para conhecer os programas oferecidos pela instituição de ensino, conversar com alunos e conhecer o novo campus da Nova SBE em Carcavelos. 

Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionaisEntre em contato: tissen@uol.com.br

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