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Embaixador britânico no Brasil explica o programa de bolsas Chevening

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Por Andrea Tissenbaum
Atualização:

Vijay Rangarajan, embaixador britânico no Brasil  

Vijay Rangarajan fala sobre a bolsa de mestrado no Reino Unido que desde 1983 já contemplou mais de 1.800 estudantes brasileiros. 

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As inscrições para o programa de bolsas Chevening, do governo britânico, destinado a estudantes internacionais que sonham em fazer mestrado em uma universidade no Reino Unido, abrem no dia 03 de setembro. Nesta próxima edição, é importante ficar atento ao prazo de encerramento, que acontecerá em 03 de novembro.

"Queremos desenvolver os talentos e capacidade de liderança de brasileiros de qualquer idade que queiram participar de uma jornada como essa. O Reino Unido tem excelentes universidades e uma história com fortes características de internacionalidade. Durante seus mestrados, os bolsistas Chevening aprendem sobre a cultura britânica e ficam imersos em um contexto bem diversificado culturalmente. Seus colegas vêm de todas as partes do mundo e trabalham em vários setores. Essa troca intensa de ideias e experiências é muito relevante para sua formação. Além disso, participam de uma série de eventos organizados por nós e por nosso grupo de alumni (ex-alunos). Passam a fazer parte de uma rede global de compartilhamento de informações. Hoje, cerca de 50 mil ex-alunos formam a rede Chevening global. No Brasil, mais de 1.800 profissionais já receberam a bolsa de estudos", explica Vijay Rangarajan, embaixador britânico no Brasil.

"Buscamos alto potencial de liderança, pessoas que têm uma visão para seu futuro e para o futuro global. Queremos, com certeza, pessoas ambiciosas, que possam liderar organizações para mudar as coisas. Nossos bolsistas têm excelentes habilidades de relacionamento e sabem utilizar nossa rede para desenvolver projetos de impacto local ou global. As entrevistas que fazemos com os candidatos são sempre fascinantes, todos são muito interessantes e altamente qualificados. A escolha de quem serão nossos bolsistas não é fácil", ele enfatiza.

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Candidatos Chevening devem ter uma ideia clara do porquê querem estudar no Reino Unido e de que forma essa experiência vai beneficiar suas vidas profissionais. Não há nenhum limite ou preferência de idade para candidatar-se à bolsa Chevening. "Não se trata só de ter um histórico acadêmico excepcional, mas de apresentar ferramentas pessoais e uma capacidade de liderança que serão potencializadas através das oportunidades oferecidas pela bolsa.

O que precisamos é de pessoas formadas que queiram fazer um programa de mestrado no Reino Unido, com no mínimo dois anos de experiência profissional. A diversidade dos candidatos é muito importante para nós, prezamos isso. O Brasil é um país com muitas desigualdades que queremos apoiar. Incentivamos pessoas de todos os estados a se candidatarem, mesmo as dos mais remotos, que muitas vezes por essa razão pensam que não deveriam participar. Os bolsistas Chevening brasileiros são um grupo que tem impacto nos dois países e podem atuar como intérpretes de ambos, identificando oportunidades para trabalhos e pesquisas conjuntas".

> Leia mais: As bolsistas brasileiras do programa Chevening

O embaixador conta que, em 2021, a conferência COP26 sobre mudança climática será sediada em Glasgow e que vários ex-bolsistas Chevening vão participar. "Muitos deles trabalham nas áreas de economia, desenvolvimento, finanças e energia renovável. Nossa rede de alumni brasileiros, aqui, será uma ponte entre os dois países, apresentando atividades e projetos realizados entre os dois governos e relacionados às temáticas do evento.

Divulgamos as diversas atividades que desenvolvemos em parceria com o Brasil na imprensa e nas redes sociais da embaixada. Futuros bolsistas também podem buscar esse tipo de informação nos sites das universidades britânicas. Há vários centros de estudo que estão trabalhando muito com o Brasil. Neste momento, a vacina da COVID-19 conta com um time que envolve a Unifesp, Oxford e diversos pesquisadores. Cinco cientistas brasileiras em Oxford fazem parte do grupo

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Temos trabalhado também no ensino de inglês. Através do Skills for Prosperity, um programa do Prosperity Fund, fundo global de £1.2 bilhões do governo britânico, o Reino Unido vai apoiar nove países emergentes no desenvolvimento de competências e habilidades voltadas ao crescimento econômico e prosperidade. No Brasil, a parceria entre a Fundação Lemann, Conselho Britânico, Nova Escola e Instituto Reúna, vai oferecer capacitação e assistência técnica para o desenvolvimento da língua inglesa em cinco estados piloto: São Paulo, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Amapá. Estamos desenvolvendo produtos para que as escolas possam ensinar melhor o idioma, fortalecendo ainda mais nossos vínculos".

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Mas o embaixador afirma que não é necessário que sua pesquisa esteja vinculada ao que está acontecendo entre o Brasil e o Reino Unido. Novos assuntos podem abrir oportunidades de relacionamento em outras áreas. Vijay Rangarajan avisa que o programa Chevening vai continuar e que brasileiros interessados em qualquer área do conhecimento, devem se candidatar.

"É sempre fantástico ver o talento e a energia dos alunos brasileiros. Faremos o máximo para que essas pessoas tenham todo o apoio para se desenvolver em suas carreiras".

As inscrições para o ciclo 2021-2022 do Programa Chevening abrem no dia 03 de setembro e encerram em 03 de novembro. A bolsa cobre integralmente mestrados de um ano em todas as áreas do conhecimento, inclui uma generosa ajuda de custo mensal e passagens áreas. Candidaturas devem ser feitas pelo site. Em 2019, 59 brasileiros receberam a bolsa Chevening e foram estudar em mais de 28 universidades do Reino Unido. Aproveite o tempo até lá para se organizar!

Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais.Entre em contato: tissen@uol.com.br

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