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Como se preparar para fazer um doutorado no exterior

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Por Andrea Tissenbaum
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 Foto: Hsengkeungmurng99, via pxhere.com

Da organização da documentação à realização de exames, este processo tem um foco diferenciado: a linha de pesquisa escolhida.

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É bastante comum ouvir que o doutorado é um programa especialmente procurado por pessoas que desejam seguir carreira acadêmica.  E isso não deixa de ser verdade, o curso não só prepara o aluno para desenvolver suas habilidades em pesquisa, como também o consagra com a titulação de expert em sua área de trabalho.

São três ou quatro anos de dedicação integral a estudos avançados no tema de escolha do aluno, que incluem o desenvolvimento de uma tese final com um componente de criatividade em sua abordagem. Vale ressaltar que nos EUA o programa tende a ser mais longo, com mais horas aula e, para fazê-lo, não é obrigatório ter um mestrado.

O processo de candidatura para o doutorado é certamente o mais exigente e competitivo de todos. Não pela documentação a apresentar que é semelhante a dos outros programas, mas pela avaliação que é feita da trajetória do aluno. Afinal, não mais do que 3% da população mundial termina um doutorado e defende uma tese - por isso, o panteão dos altamente qualificados é tão rigoroso.

Além do histórico escolar e diploma do mestrado ou graduação (com tradução juramentada), cartas de recomendação, currículo, uma carta de motivação, o GRE (Graduate Record Examination) e a proficiência no idioma, também são solicitadas no application. Vale reforçar que as cartas de recomendação neste momento têm um peso bem maior, dada a experiência acadêmica e relevância da trajetória profissional do candidato.

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Fazer contato com professores que estejam trabalhando em temáticas do interesse do estudante e pensar, ou mesmo ter que apresentar, as linhas gerais de um projeto de pesquisa é praxe. Por isso, no doutorado, o lugar onde o programa é oferecido (cidade/país) passa a ter menos importância. O que vale é poder continuar a se desenvolver academicamente, identificando professores cujas linhas de pesquisa agreguem valor ao que o aluno pretende estudar.

Normalmente quase todos os programas de doutorado oferecem bolsas de estudo integrais e é importantíssimo correr atrás disso. É que os alunos trabalham como assistentes de pesquisa ou de ensino durante o curso e trabalham duro enquanto estudam. Mas, além das bolsas das universidades, há uma infinidade de oportunidades oferecidas por diversos governos, ou por instituições privadas e públicas internacionais. Temas de relevância global precisam de pessoas qualificadas para seu desenvolvimento, daí a fartura.

> Confira alguns sites que poderão te ajudar:

- Find a PhD- Euraxess- Academic Positions - Research Gate - Fulbright Brasil

Embora seja possível contratar uma agência ou consultores especializados para apoiar o processo, candidatos a programas de doutorado costumam fazer o application sozinhos. Já conhecem as instituições de ensino especializadas em sua área, têm a quem recorrer quando precisam de orientação acadêmica, e não hesitam quando têm que contatar professores no exterior com quem gostariam de trabalhar.

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Receber boa orientação acadêmica durante a candidatura para um doutorado é importantíssimo e estar em contato com seus professores aqui no Brasil é fundamental. Nunca se esqueça disso. A academia tem uma lógica própria que funciona muito bem. Quando seguida, traz os melhores resultados.

Faça tudo com tempo, formule bem seu interesse de pesquisa - futura tese - e prepare os materiais e documentos que terá que apresentar com antecedência. Escolha bem alguns programas de interesse, porque a competição é grande e as vagas limitadas. Pense que vai passar pelo menos quatro anos imerso em estudos voltados para uma temática que vai definir sua trajetória profissional.

Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Também oferece assessoria em educação e carreiras internacionais.Entre em contato: tissenglobal@gmail.com

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