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Alunos da ETEC Pirituba representam o Brasil em Londres

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Por Andrea Tissenbaum
Atualização:

Pedro, Mariana, Profa. Eliane, Rubia, Giovanna e Prof. Vanderson - ETEC Pirituba | Foto: Andrea Tissenbaum

Inspire-se com a história de um grupo de jovens que criou um aplicativo capaz de conectar conhecimentos científicos ao redor do mundo.

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A experiência internacional deste grupo de alunos da ETEC Profa. Dra. Doroti Q. Kanashiro Toyohara, em Pirituba, zona noroeste de São Paulo, começou no ano passado quando fizeram a prova Matemática sem Fronteiras (MSF).

Edição brasileira da Mathématiques Sans Frontières, competição criada em 1990 na França e organizada no Brasil pela Rede do Programa de Olimpíadas do Conhecimento - Rede POC, a MSF tem como objetivo estimular o interesse de alunos do ensino fundamental e médio pela inovação, ciência e tecnologia.

A diretora da ETEC, Profa. Eliane Leite de Alcantara Malteze, havia inscrito a escola na competição. Acreditava no potencial dos seus alunos e não errou. Ganharam a medalha de bronze!

Uma viagem para a ÍndiaComo resultado, a escola foi convidada a participar da QUANTA, uma Olimpíada internacional de matemática, ciências, eletrônica e habilidades mentais na cidade de Lucknow, na Índia. E, após um processo seletivo rigoroso que incluía proficiência em inglês, sete alunos foram escolhidos para participar, todos do ensino médio.

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Mas o caminho até a Índia não foi fácil. Além de divulgar seu trabalho em sites, emissoras de TV, jornais e blogs, o grupo de alunos - com todo o apoio da escola - criou uma campanha e site de arrecadação.

E foi assim que Giovanna, Rubia, Mariana, Stephanie e Pedro foram para a Índia representar sua escola por dez dias. Foi sua primeira experiência internacional.

"Sessenta e seis escolas de várias partes do mundo participaram da competição, algumas com mais de uma delegação. A QUANTA tem provas diferentes de matemática, ciências, lógica e robótica", explica Giovanna. "Mas fomos bem nas provas e nos classificamos em 17o lugar, nosso número da sorte", diz Rubia, que acaba de retornar de um curso de verão sobre políticas, leis e economia na universidade de Yale, Estados Unidos para o qual recebeu bolsa integral.

O convite para Londres e o app We-SciEste ano, o grupo de alunos foi convidado a participar do London International Youth Science Forum - LIYSF. E para a sua apresentação estão preparando o aplicativo We-Sci. Após o contato que tiveram com estudantes de outros países, perceberam que existem diferenças no ensino científico ao redor do mundo e criaram uma ferramenta capaz de conectar os conhecimentos de jovens estudantes.

"O We-Sci vai funcionar como uma rede social, juntar pessoas interessadas em conhecimento científico do mundo inteiro, promover chats, oferecer referências para materiais didáticos, sites internacionais, divulgar eventos", conta Giovanna.

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Não preciso nem falar da empolgação do grupo com a possibilidade de participar do fórum. "Queremos divulgar o aplicativo, fazer ele funcionar para unir o conhecimento de forma globalizada. Queremos conhecer pessoas de outros países, assistir às aulas que eles oferecem - uma delas é com uma professora que ganhou um premio Nobel. Além disso, o programa é sediado no Imperial College de Londres e inclui visitas à universidades. Essa troca de experiências é impagável", explica Pedro.

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Para conseguir realizar mais esta conquista, o grupo criou um site com informações detalhadas sobre o projeto e sobre quem são. E eles são realmente incríveis!

Trabalham como um time maduro, estão sempre juntos, torcem uns pelos outros. "Tem que acreditar e não ter medo do novo. Não é fácil viajar para o outro lado do mundo onde tudo é diferente. Nós não esperávamos ir para Índia, demos o nosso melhor na prova sem saber que teríamos esse resultado", diz Mariana. "E é muito bom ver que o seu esforço rendeu um prêmio como esse", acrescenta Pedro.

O fato é que esse grupo de jovens mudou completamente a dinâmica da escola que este ano ganhou a medalha de prata na MSF, tem alunos na fase final do programa Jovens Embaixadores da ONU e outros que estão participando do prêmio ESEG de gestão.

O Prof. Vanderson Rodrigo da Silva, orientador educacional, tem muito orgulho dos alunos da ETEC Pirituba, como a escola é conhecida. "Eles são pessoas que fazem a gente acreditar na educação, ver que é possível fazer a diferença".

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"Para esses jovens essas oportunidades trazem uma perspectiva que eles não tinham, sair do país e representar o Brasil, criar projetos visando a melhoria da educação", diz a diretora Eliane. E o mais interessante é que eles estão vivendo na prática o que a gente fala, que a educação pode transformar".

Andrea Tissenbaum, a Tissen, escreve sobre estudar fora e a experiência internacional. Siga o Blog da Tissen no Facebook e no Twitter

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