Se ainda restavam dúvidas em relação ao estado de decomposição ética, moral e política de nosso país, elas foram suprimidas ao longo desta semana. A podridão se esparramou pelo Brasil em todos os níveis e esferas, pública e privada, e faz sangrar de desesperança os brasileiros.
E agora, Brasil? E agora, você?
"A festa acabou. A luz se apagou", diria Drummond.
Mas o povo não sumiu. Estamos aqui.
Se por um lado ainda nos comportamos como torcedores fanáticos, que disputam qual time errou mais do que o outro, por outro concordamos que não dá mais, que acabou, que precisamos mudar.
Portanto, algo nos une: estamos todos consternados, fartos de tanta corrupção, de tanta sujeira.
Temos de aproveitar que, enfim, temos uma causa em comum e trabalhar na construção de um país digno e justo.
Não é hora de lastimar, nem esmorecer. Mas de agir.
É hora de esquecer o velho e apostar no novo. É hora de virar a página. De olhar por um ângulo diferente, de buscar novos líderes. E só há um jeito de fazer isso: com Educação.
Se queremos gente nova, bem preparada, competente e honesta conduzindo o Brasil no caminho do progresso e da equidade, precisamos, antes de mais nada, de um ensino de qualidade para todos. Sem isso, não existe a remota possiblidade de se construir um país melhor.
Nosso projeto de um novo Brasil pode dar certo se criarmos as condições necessárias para construirmos um país diferente. Neste sentido, temos de focar nas reformas fundamentais que precisam ser feitas agora. A reforma trabalhista não fere as conquistas do trabalhador e dá mais liberdade e agilidade para a criação de novos empregos. A reforma da Previdência é no fundo um salvamento. Sem ela, muito em breve não teremos dinheiro sequer para honrar com os benefícios dos aposentados. E, por fim, a reforma política, a derradeira, a única capaz de estancar a corrupção que nos assola.
Já o maior de todos os nossos erros, o descaso com a Educação, precisa ser definitivamente enfrentado, pois sem Educação de qualidade não há solução.
A hora é agora.