Os resultados mostram que esse plano tem dado certo. Segundo Denise Araújo, coordenadora do Departamento de Inglês, o projeto pedagógico do Albert Sabin para o ensino do idioma transcorre em duas fases complementares. "Até o 5º ano do Ensino Fundamental, a exposição dos nossos alunos ao Inglês é grande, inclusive com as professoras falando apenas em Inglês com eles desde o início", diz. "Eles já entram em contato com diferentes tempos verbais, por exemplo, mesmo antes de aprenderem como usar o simple present ('I go to school') ou o present continuous ('I am going to school')".
Exposição e vivência, nessa primeira fase, são palavras-chave. Por meio de brincadeiras, jogos, filmes, músicas e o constante input das professoras, o aluno vai se familiarizando com o Inglês. Mesmo que ainda não pratique muito a fala ou a escrita, ele já é capaz de distinguir os sons da língua (algo que fará diferença, mais à frente, no aperfeiçoamento do sotaque) e de ampliar o chamado vocabulário passivo, referente a palavras que compreendemos, mas não usamos com frequência.
Essa é a etapa do projeto pedagógico que precisa, principalmente, encantar o aluno. "Nós precisamos fazer o aluno querer falar em Inglês, proporcionando a ele um ambiente de naturalidade no uso da língua para que, mais tarde, quando começar a etapa de maior produção, ele não tenha bloqueios nem inseguranças".
A partir do 6º ano do Fundamental, as aulas de Inglês passam a se estruturar como um verdadeiro curso de idiomas. Se até ali os alunos têm duas aulas por semana, dali para a frente esse número dobra, e as turmas se organizam por níveis de desempenho. O ensino da língua se torna sistematizado para a aquisição e o domínio das regras da gramática - semelhante, aliás, ao que acontece com o currículo de Língua Portuguesa, que inicia o Fundamental II com a exploração da análise sintática das orações.
E, por tudo o que veio antes, os alunos estão preparados para isso. É o suficiente, garante Denise, para que até o fim do Ensino Médio o aluno seja capaz de conversar, ler e escrever em Inglês com correção e fluência. E, se assim desejar, com condições de se preparar para adquirir comprovação oficial de seu domínio do idioma.
De todos os alunos do Sabin, 60% deixam o Colégio com pelo menos um certificado de proficiência (FCE); 10% chegam a adquirir dois (FCE e CAE). Com um detalhe importante: apenas 5% dos alunos do Sabin fazem curso de Inglês fora do Colégio. "Os números indicam a consistência do programa, que organiza o tempo de que dispomos com o aluno para prepará-lo, com o auxílio do Inglês, para os desafios da vida adulta".