Não falta excelência na educação, o que falta é equidade.

Mesmo aqui no Brasil. Isso é o que nos conta Karen Cator, presidente da Digital Promise, centro norte-americano de referência na promoção do uso de tecnologias para a educação. O CIEB - Centro de Inovação para a Educação Brasileira, organização similar fundada no Brasil em 2016, promoveu um encontro esta semana em São Paulo para debater este assunto, tão crítico para o Brasil.

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Por Newton Campos
Atualização:

Segundo Karen, na maioria dos países em desenvolvimento não faltam referências de excelência tanto em processos educativos inovadores como no uso de tecnologias para o apoio à educação. O grande desafio, até mesmo nos Estados Unidos, que vive uma realidade tão diferente da brasileira, é replicar estas práticas de qualidade pelo país e pelos diferentes âmbitos educativos.

Karen Cator da Digital Promise ( Foto: Newton M. Campos - 14/Dez/2016).

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Neste sentido, três grandes desafios têm sido identificados pela Digital Promise com relação ao uso das tecnologias para a melhora da educação ao redor do mundo:

1) O desafio do acesso: É muito importante que a infra-estrutura de internet de banda larga tenha prioridade nos ambientes educativos. Sem isso, professores e alunos perdem a oportunidade de experimentar e construir experiências educativas de qualidade.

2) O desafio da participação: É necessário combater o "analfabetismo" digital, promovendo a inclusão digital através do aprendizado de linguagens de programação e demais ferramentas associadas à vida digital, estimulando movimentos como o moviment "maker" (faça você mesmo).

3) O desafio do aprendizado permanente: Os participantes do processo de ensino e aprendizagem devem se tornar aptos a "aprender a aprender". Assim, poderão aprender o que quiserem, quando houver necessidade ou vontade, ao longo de toda suas vidas.

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Idealmente, estes desafios devem se alinhar aos desafios da vida humana na Terra, tanto na atualidade como no futuro próximo. Representados pelos objetivos globais da ONU para o desenvolvimento sustentável da humanidade, estes desafios preconizariam que a educação seria orientada de maneira prática a uma vida mais harmônica entre os seres humanos e as demais espécies que compartilham este planeta.

O ciclo, assim, se torna quase transcendente: "Aprenda a fazer e faça para aprender".

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