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Universitários de fora da capital querem morar perto da faculdade

Eles movimentam o mercado imobiliário no início do ano; saiba como encontrar as melhores opções

Por Ligia Aguilhar e Especial para o Estado
Atualização:

Basta a divulgação dos primeiros resultados das provas do vestibular para o mercado imobiliário ficar em polvorosa. Com a aprovação no  exame, muitos estudantes que moram em outras cidades ou estados vêm para a capital à procura de um imóvel perto da faculdade.

 

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Segundo um levantamento da imobiliária Lello, o volume de atendimentos aumenta 35% nos meses de dezembro e janeiro por causa dos estudantes. A demanda é  maior nas regiões próximas a universidades, como Perdizes, Pacaembu, Pinheiros e Jardins, na zona oeste, Vila Mariana e Moema, na zona sul, Higienópolis, na  região central, e em Santo André (SP).

 

Para conseguir um imóvel com bom preço e boa localização em meio a tanta concorrência, é necessário ter paciência e disposição para percorrer as ruas  e imobiliárias da cidade. “O jeito mais fácil é ir de prédio em prédio e conferir se há apartamentos vagos com os porteiros. É melhor negociar diretamente  com o proprietário”, diz o estudante de direito Gabriel Sala, de 23 anos, que há quatro anos divide um apartamento de dois quartos próximo ao Mackenzie com  um amigo.

 

Ao contrário dele, a maioria dos estudantes prefere morar sozinhos. Segundo a diretora comercial da Lello, Roseli Hernandes, apenas 15%dos estudantes estão  interessados em dividir o imóvel. “Os pais preferem que o filho more sozinho. Como os apartamentos de um dormitório são escassos, a maioria é obrigada a  alugar os de dois quartos.”

 

A locação de um imóvel de dois dormitórios varia de R$ 1,2 mil a R$ 2,5 mil. Já o de um dormitório tem oscilação maior e pode chegar a até R$ 3 mil.

 

Alguns fatores podem reduzir o valor do aluguel, como a ausência de garagem no prédio e a localização do imóvel. Quanto mais distante da faculdade, mais  barato. “Quem estuda na FAAP, que fica em Higienópolis, por exemplo, pode encontrar preços mais em conta em Santa Cecília, bairro vizinho”, diz Roseli.

 Outra dica é procurar um apartamento já mobiliado, o que ajuda a reduzir as despesas iniciais.

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Na hora de fechar negócio, o estudante deve ter toda a documentação necessária em mãos (veja abaixo). “É bom não perder tempo, porque se a  pessoa não aluga na hora, vem outro e fecha negócio”, diz Roseli.

 

Quem mora em outras cidades pode ter dificuldade para ter a documentação aceita, já que a maior parte das imobiliárias exige que o fiador tenha um imóvel na  capital. Nesse caso, a solução é recorrer ao seguro fiança, que custa, em média, o equivalente a um mês e meio do aluguel.

 

Proprietários. Há também quem prefira comprar um imóvel. É o caso de Maria Ester Canesin, que há dois anos comprou um loft para  que sua filha, a estudante de Rádio e TV Stefanie Marcon Ventura, 20, saísse de Sorocaba (SP) para estudar na FAAP, em São Paulo.

 

Neste ano, seu outro filho, Caio Henrique Ventura, 18, foi aprovado no vestibular da PUC-SP. Como o loft era pequeno demais para os dois, decidiu alugar  temporariamente um imóvel de dois quartos para os irmãos morarem juntos. “Vou procurar um maior para comprar. Prefiro fazer isso do que pagar aluguel”, diz  ela, que vai gastar R$ 2,2 mil mensais pelo apartamento a uma quadra da PUC-SP. O plano é garantir também o futuro dos filhos, já que os dois não pretendem  voltar para a cidade natal.

 

PRESTE ATENÇÃO

 

1.Negocie. Buscar apartamentos vagos diretamente nos prédios é opção para quem quer negociar com o proprietário e flexibilizar regras  contratuais.

 

2.Procure. No mural das universidades há anúncio de vagas em apartamentos de outros estudantes.

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3.Pesquise. Os preços são mais baixos nos bairros vizinhos às universidades. Quanto mais perto da faculdade, mais caro.

 

4. Avalie. Apartamentos sem vaga na garagem têm preços menores. Os já mobiliados são mais caros, mas o custo pode compensar o valor e a dor de  cabeça de comprar móveis.

 

5.Antecipe. Tenha todos os documentos em mãos para fechar negócio. As imobiliárias exigem RG, CPF, comprovante de renda, de residência,  cópia da escritura e matrícula do imóvel do fiador.

 

6.Fique atento. As imobiliárias evitam alugar apartamentos para mais de três estudantes para evitar problemas com a vizinhança.

 

7.Fiança. As imobiliárias exigem que o fiador tenha um imóvel na Capital, mas algumas aceitam que a propriedade seja em cidades próximas.

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