SÃO PAULO - O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Estadual de Campinas (STU) aprovou nesta quarta-feira, 18, greve a partir de segunda-feira. A categoria está em negociação salarial com a reitoria e pede o fim dos cortes de investimento. O movimento grevista nas instituições paulistas teve início na Universidade de São Paulo (USP), no dia 12.
Os funcionários das três universidades paulistas estão em campanha salarial e pedem reajuste de 12,34%, mas tiveram uma contraproposta de apenas 3%, o que, segundo eles, não repõe nem sequer a inflação do período. A promessa das reitorias é de que essas perdas sejam ressarcidas futuramente, assim que a economia se recuperar e os repasses do governo do Estado aumentarem.
Hospital. Os funcionários do Hospital Universitário (HU) da USP também decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira, quando a unidade deverá funcionar apenas com a equipe mínima de 30% dos servidores.
De acordo com a direção do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a categoria reivindica a contratação de mais funcionários para o HU e reajuste salarial acima dos 3% propostos pelo conselho de reitores. Os trabalhadores também se posicionam contra a proposta de desvincular o hospital da USP.
Em apoio aos sindicatos e contra os cortes, os estudantes da USP e da Unicamp ocuparam o prédio do curso de Letras e a reitoria, respectivamente. Nesta quarta-feira, 18, a Unicamp fez uma reunião de negociação com os estudantes, que terminou sem acordo. A universidade já conseguiu na Justiça um mandado de reintegração de posse do prédio.