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Uniseb COC vai distribuir 15 mil tablets a alunos de cursos à distância

Para reitor do centro universitário, Chaim Zaher, trata-se de 'processo sem volta' e não 'modismo'

Por Marina Estarque
Atualização:

O Centro Universitário Uniseb COC iniciou nesta sexta-feira, 2, a entrega de 15 mil tablets para os alunos de graduação à distância de 145 polos no País. De acordo com a universidade, a distribuição pode entrar para o Guinness World Records como a maior do tipo no mundo. O pró-reitor, Jeferson Fagundes, informou que a instituição já investiu US$ 15 milhões em tecnologia: “Além da economia com a impressão e transporte do material didático, há um retorno financeiro e educacional no longo prazo". De acordo com o pró-reitor, os alunos da Uniseb da graduação à distância costumam ter entre 25 e 40 anos, ser oriundos de escolas públicas e com renda familiar de até três mil reais. Muitos trabalham e por isso optam por um método não presencial.

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Estudar em qualquer lugar

Daniel Renato, de 18 anos, é mais novo que a média na instituição. Ele estuda Pedagogia e recebeu seu primeiro tablet pelo programa. “Vou poder estudar indo para o trabalho, em qualquer lugar, em qualquer intervalo que eu tiver”, conta Daniel.

Ruth Leme, de 38 anos, faz Marketing. Ela ressalta que a tecnologia aumenta a interatividade e aproxima alunos e professores, o que é  relevante em cursos à distância. “Eu tiro minhas dúvidas por e-mail, chat e até grupos de estudos nós fazemos pela internet.”

Para o reitor da Uniseb e presidente do grupo Sistema Educacional Brasileiro (SEB), Chaim Zaher, o tablet facilita a vida de todos os envolvidos no processo educacional.

“O estudante não precisa carregar o peso dos livros nas costas e o professor pode constantemente atualizar as informações”, diz Zaher, que promete dar a todos os alunos de graduação à distância o equipamento, de três a quatro anos.

Não é modismo

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O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou, na quinta-feira, 1, em palestra na 15.ª Bienal do Livro, que o MEC irá distribuir tablets a alunos de escola pública a partir de 2012. “É um processo sem volta, não é um modismo”, alerta Zahar, que considerou louvável a iniciativa do ministério.

Segundo ele, não basta apenas dar os tablets. É preciso investir em infraestrutura e no treinamento de professores e alunos. “Sem levar internet de banda larga a preços baixos para todos os cantos do país, o projeto do governo não vai funcionar”, argumentou o presidente do SEB.

O reitor também ressaltou a importância de produzir os tablets dentro do país. A Uniseb teve que importar o produto da China, o que teria atrasado o início do programa na universidade. “É uma revolução no ensino e o Brasil pode sair na frente, mas precisamos estar preparados”, defendeu.

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