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Vestibular da Unicamp terá bônus maior para aluno da rede pública

Candidatos terão pontos adicionais na primeira e na segunda fase; programa também prevê nota extra para pretos, pardos e indígenas

Por Victor Vieira
Atualização:

SÃO PAULO -A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiu aumentar a bonificação no vestibular para alunos de escola pública e pretos, pardos e indígenas (PPI). A mudança é uma tentativa de aumentar as taxas de inclusão na universidade, que em 2015 teve o pior resultado em cinco anos.

A proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário, órgão máximo da instituição, na tarde desta terça-feira, 26. Antes, os candidatos tinham direito ao bônus somente na segunda fase do vestibular. Os pontos extras, agora, serão acrescidos às notas tanto da primeira e da segunda etapa. A Unicamp não adota cotas, mas um sistema de bonificação. 

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Foto: RENATO CÉSAR PEREIRA/FUTURA PRESS

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Serão adicionados 60 pontos às notas da primeira fase do vestibular para candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas da rede pública. Nesse grupo, os autodeclarados pretos, pardos ou indígenas ainda terão direito a outros 20 pontos extras.

Caso passem para a etapa final, esses candidatos terão 90 pontos a mais na prova de redação e nas provas dissertativas. Para os estudantes PPI egressos da rede pública, serão mais 30 pontos na segunda fase, além dos 90.

A meta da Unicamp é ter 50% de alunos da rede pública até 2017, com 35% de PPI. No último vestibular, a proporção foi de 30,2% entre os matriculados, com 15,7% de pretos, pardos e indígenas. Em 2014, a taxa havia sido de 36,9% de alunos da rede pública e 18% de PPI.

A avaliação interna foi de que são necessárias políticas ainda mais agressivas para atingir o objetivo de inclusão. Comissões internas chegaram até a debater a adoção de cotas, mas a proposta não foi à frente. 

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