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Seis ciclos para fazer melhor a prova do Enem

Método criado por start-up, usado em 261 escolas, propõe também que aluno classifique questões por níveis de dificuldade

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Por Redação
Atualização:
 Foto: Clayton de Souza/Estadão

Nem questão em branco nem resposta com chute sem nenhum embasamento. Para evitar esses erros no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a startup Meritt Informação Educacional, em atividade desde 2009, propõe uma estratégia em que o estudante divide o tempo da prova em seis ciclos, classificando as questões em fáceis, médias e difíceis.

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Depois de analisar os elementos apontados por diretores e coordenadores escolares, com o objetivo de complementar a grade curricular durante a preparação para o exame, a startup criou a plataforma +Enem, usada em 261 escolas. “Conseguimos apontar quais os pontos fortes e fracos demonstrados pelos alunos em todas as edições do Enem, desde 2009. Esse diagnóstico é apresentado por habilidade, por disciplina e por questão da prova”, afirma Alexandre Oliveira, cofundador da Meritt.

A plataforma foi desenvolvida para apoiar a tomada de decisão de redes, escolas e docentes. “Nosso diferencial é como damos vida ao conhecimento, traduzindo-o pedagogicamente por intermédio de tabelas”, diz Oliveira. Após a leitura dos gráficos do programa, os colégios identificam quais devem ser as prioridades de intervenção e definem como aplicá-las.

Conhecimento. De acordo com o professor Ocimar Alvarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP), o método indicado pela Meritt sugere otimização do tempo empenhado em cada questão para melhor rendimento ao logo dos testes. “Quando há uma questão muito difícil, é normal que a pessoa dissipe energia pensando muito na resposta ideal.”

Entretanto, o professor destaca que a estratégia do chute em alternativas complicadas não é inovadora e parte do ensinamento antigo para o desenvolvimento de cursos. “Mas devemos ressaltar que não existe fórmula mágica na hora da prova porque o conhecimento vem de ensino e estudo prévios. Se não considerarmos a desigualdade social, quem é capaz de conciliar esses dois pontos, obtém melhores resultados.” 

Para o estudante Caique de Moura, de 19 anos, que está no segundo semestre do curso de Tecnologia em Jogos Digitais, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), a realização de provas anteriores do Enem foi decisiva na sua preparação parta o exame. “Eu me concentrei nas avaliações passadas porque, ao contrário dos vestibulares tradicionais, que exigem aquele conteúdo clássico aprendido na escola, o Enem apresenta tópicos que estão além das matérias vistas durante o ensino médio.” 

O estudante, que ingressou na faculdade por meio do Programa Universidade Para Todos (ProUni), enfatiza que a rotina de estudos em casa exigiu disciplina e dedicação, mas permitiu que ele evitasse o nervosismo nos dias à prova. “Quem vai prestar o Enem precisa deixar de ver o estudo como barreira ou algo tedioso. Precisamos ter prazer em aprender, pois o aprendizado torna possível a conquista dos nossos objetivos.”

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Veja quais são os seis ciclos:

1. O aluno deve ler toda a prova e já responder as questões fáceis, em que tem certeza da alternativa correta. Se ficar em dúvida entre duas ou três opções, deve marcar a letra M para saber que aquele é um item de dificuldade média. Caso não tenha segurança sobre nenhuma das alternativas, deve sinalizar a pergunta como difícil.

2. Ao ler novamente a prova, o estudante precisa analisar os itens médios para escolher a resposta correta a partir das opções que marcou como possíveis. Em seguida, é necessário transformar as questões difíceis em médias, assinalando duas alternativas que possam estar certas. De acordo com a estratégia, a leitura anterior favorece a lembrança do conteúdo dos itens médios e difíceis.

3. O importante é desfocar da prova e relaxar por cinco minutos. Os pesquisadores também indicam o consumo de chocolate ou barra de cereais (pois a glicose ajuda no raciocínio) e ir ao banheiro. No fim deste terceiro ciclo, é a hora de calcular o tempo que resta para o fim da prova.

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4. Nesta etapa, é ideal que o estudante leia a prova pela terceira vez, com mais atenção, e responda às questões marcadas com dificuldade média que ainda estão em branco, mas que já tiveram algumas alternativas eliminadas.

5. Como apenas as questões difíceis não foram respondidas, a recomendação é que o aluno faça mais uma pausa para concentrar a atenção no preenchimento do gabarito. Este passo leva aproximadamente 20 minutos e exige cuidados para que não haja erros na marcação.

6. No último ciclo, o estudante deve escolher uma opção para as perguntas que não foram respondidas. Nas questões difíceis, o estudante deve marcar uma das opções e transcrever a resposta para o gabarito.

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