Saiba onde foram parar os primeiros colocados em vestibulares 10 anos depois

Estadão.edu selecionou 3 estudantes que passaram em algumas das seleções mais difíceis do País

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Por Barbara Ferreira Santos
Atualização:

Coragem para escolher o curso ou mudar de carreira é o que Raul Celistrino Teixeira, de 27 anos, diz ser fundamental para quem se prepara para os vestibulares de 2014. Há dez anos, ele prestou os principais exames de São Paulo. Passou em primeiro lugar geral na Fuvest, vestibular da Universidade de São Paulo (USP), e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Fez a prova do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) apenas por curiosidade e foi selecionado – a instituição não divulga a ordem de colocados. Optou por Física na USP de São Carlos para depois se especializar em Astronomia. Focou, porém, na pesquisa de Física Quântica e Atômica e nem sequer chegou a cursar o que havia planejado. Em 2007, passou em concurso de transferência para a École Polytechnique, em Paris, e foi mesmo sem saber falar francês. Terminou a graduação em 2009 na França, emendou um mestrado e hoje faz doutorado. “Não fui para Astronomia, mas a vida me deu muito mais do que eu esperava dela aos 17 anos.”

Rafael Hirama, de 26 anos, não esperava ficar em primeiro entre os treineiros da Fuvest 2004. Sem rotina rígida, aplicava-se em exatas para participar de olimpíadas escolares – recebeu 15 medalhas no Japão. Em 2005, passou no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), na Universidade de São Paulo (USP), na Fundação Getulio Vargas (FGV), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Instituto Militar de Engenharia (IME) e na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Optou por Mecatrônica no ITA, mas não sossegou e foi para Computação. Hoje, trabalha como desenvolvedor de jogos em Campinas. “A área remunera menos, mas amo o que faço.”

A diplomata gaúcha Larissa Schneider Calza, de 27 anos, prestou vestibular para Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) há dez anos e foi a primeira colocada. Ela havia feito o último semestre do ensino médio no Canadá e seis meses de cursinho. “Tinha notas boas, mas não me matava de estudar. Não esperava passar em primeiro”, conta. Em 2009, entrou em 17.º lugar no concurso do Instituto Rio Branco e ingressou no cargo de terceiro-secretário do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o primeiro da carreira de diplomata. Lá, conheceu seu marido, também diplomata. Formou-se em 4.º lugar entre 109 diplomatas. Hoje, está na Divisão de Desarmamento e Tecnologias Sensíveis do MRE.

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