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Rubens Ricupero recebe Troféu Guerreiro da Educação

Láurea é concedida há 20 anos por uma parceria entre o CIEE e o Grupo Estado para profissionais que pensam e agem pelo aprimoramento da educação brasileira

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Por Redação
Atualização:

O professor e embaixador Rubens Ricupero, de 79 anos, recebeu nesta sexta-feira, 14, o Prê­mio Professor Emérito 2016 - Troféu Guerreiro da Educação - Ruy Mesquita, concedido em conjunto pelo Centro Integração Empresa-Escola (CIEE) e pelo Estado.

Rubens Ricupero (esq.) recebe o Troféu Guerreiro da Educação - Ruy Mesquita, junto a Celso Lafer (ao seu lado), Francisco Mesquita Neto, do Grupo Estado, e Luiz Gonzaga Bertelli, do CIEE(dir.) Foto: WERTHER SANTANA / ESTADÃO

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Em sua 20ª edição, o prêmio homenageia a cada ano profissionais que “pensam e agem pelo aprimoramento da educação brasileira”.

Ricupero, que foi ministro do Meio Ambiente e da Fazenda no governo Itamar Franco, foi apelidado de “sacerdote do Plano Real” por sua atuação em explicar para a população brasileira a importância da mudança no sistema econômico. Ele também esteve à frente da Rio-92.

Na premiação, esse papel de “sacerdote” – que depois ele contemporizou dizendo que foi mais de “mestre-escola” –, foi lembrado como um exemplo do seu desempenho como educador que Ricupero teve em todas as suas áreas de atuação, da diplomacia, à educação, à economia, ao governo.

O jurista Celso Lafer, de 75 anos, que recebeu a láurea no ano passado, foi o responsável por destacar os méritos de Ricupero. Amigos de longa data, ele lembrou que o embaixador teve um trabalho de destaque tanto na educação formal, como professor, quanto fora. Ricupero lecionou no Instituto Rio Branco, formando gerações de diplomatas, e concebeu e implementou na Universidade de Brasília o primeiro curso de graduação de relações internacionais no País.

“Rubens é um admirável professor, não só no sentido estrito. É igualmente, como cabe destacar aqui, um admirável professor no sentido mais amplo. Seu magistério vai muito além das salas de aula. Está presente nas suas conferências, na const^ncia de seus artigos e na sua atuação como homem público”, afirmou o jurista.

“Não sei como expressar gratidão. Sei que não mereço essa honra, mas são as honras que a gente não merece que são sempre as mais doces”, afirmou Ricupero em seu discurso de agradecimento.

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“Não é falsa modéstia, mas há milhares de pessoas que merecem esse prêmio mais do que eu. Estamos homenageando os professores modestos, anônimos, os mais esquecidos em zonas rurais, no Nordeste, que não recebem reconhecimento, nem salário. Esses são os guerreiros. Meu pensamento vai para essas escolas humildes do interior, para essa gente que procura aprender com professores que às vezes são só um pouquinho mais adiantados que eles. Todos empenhados em fazer a educação um sinônimo da vida”, disse.

A premiação foi entregue por Luiz Gonzaga Bertelli, presidente do Ciee, e por Francisco Mesquita Neto, diretor presidente do Grupo Estado, além de Lafer.

“Ricupero passa a integrar merecidamente a galeria dos mais notáveis mestres brasileiros. Tem o premiado de 2016 um reconhecimento unânime pela comunidade acadêmica, científica, educacional, das lideranças empresariais por seu trabalho em prol do engrandecimento da educação brasileira”, declarou Bertelli.

“Seria oportuno que os ensinamentos, as ideias, as lições e as as angústias de Rubens Ricupero fossem mais conhecidas e aplicadas no Brasil”, complementou.

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Francisco Mesquita Neto deu os parabéns a Ricupero, ao lembrar que ele “se dedicou a transmitir seus conhecimentos e experiência em sala de aula enquanto desenvolvia a sua produtiva carreira em diversos cargos no Brasil e na Organização das Nações Unidas”.

Premiados anteriores. O prêmio foi criado em 1997 e vem sendo concedido anualmente desde então. A primeira laureada foi a antropóloga Ruth Cardoso (1930-2008). Depois dela, foram reconhecidos nomes como o jurista Miguel Reale, o escritor Antonio Cândido, os cientistas Paulo Vanzolini (1924-2013) e Crodowaldo Pavan (1919-2009), os médicos Adib Jatene (1929-2014) e William Saad Hossne (1927-2016). Os mais recentes foram o presidente da Fapesp, José Goldemberg, e o jurista Celso Lafer.

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