Reorganização da rede estadual será discutida em 15 encontros
Justiça ordenou explicações sobre projeto, que previa o fechamento de 94 escolas e causou mobilização estudantil em 2015
Por Luiz Fernando Toledo
Atualização:
SÃO PAULO - A reorganização das escolas estaduais de São Paulo será rediscutida em 15 encontros regionais com estudantes no Estado. Serão feitas audiências públicas em diferentes cidades, em colégios e diretorias de ensino, para recolher a opinião dos alunos sobre a nova configuração da rede estadual A medida original, que previa o fechamento de 94 colégios e a transferência de 311 mil alunos, foi suspensa pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em dezembro, após uma série de protestos e a ocupação de 196 escolas por alunos.
A nova estratégia da Secretaria Estadual da Educação tenta atender a uma demanda dos estudantes, que reclamaram da falta de diálogo durante a implementação da medida - argumento também usado pelo Ministério Público Estadual e pela Defensoria Pública na ação que barrou a reorganização na Justiça. A proposta, feita pelo então secretário da Educação Herman Voorwald, que deixou a pasta em dezembro, tinha como objetivo separar as unidades em ciclos únicos (anos iniciais, anos finais e ensino médio).
Veja rotina das escolas ocupadas em SP
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP
Cartaz sobre limpeza naEscola Estadual Silvio Xavier, bairro do Piqueri, zona norte da cidade de São Paulo Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
Veja rotina das escolas ocupadas em SP
Estudante faz aula de quadrinhos em escola ocupada na capital paulista Foto: ALEX SILVA ESTADAO
Reorganização
A Secretaria daEducação de São Paulo apresentou, em setembro, a reorganização de sua rede.A ação pretende reduzir o número de segmentos das escolas es... Foto: SÉRGIO CASTRO/ESTADÃOMais
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Foto na escola EscolaEstadual Padre Sabóia, na zona sul de São Paulo,ocupada por alunos Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
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Alunos se dividem nas tarefas durante ocupação naEscola Estadual Silvio Xavier, zona norte da cidade. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
Secretaria 'desocupou' escolas nunca invadidas
A Secretaria da Educação divulgou a informação de que teria conseguido desocupar 38 escolas invadidas por meio do diálogo.Ao menos em seis delas, visi... Foto: Tiago Queiroz/EstadãoMais
Futuro incerto
A Secretaria garanta que todas as escolas fechadas serão utilizadas como equipamento educacional, mas as prefeituras que receberão os prédios ainda nã... Foto: Sérgio Castro/EstadãoMais
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A Escola Estadual Ciridião Buarque, ocupada por estudantes contra o processo reorganização da rede, teve um oficina de quadrinhos Foto: ALEX SILVA ESTADAO
Caso a caso
A secretaria disse estar disposta a rever caso a caso e dialogar com a comunidade.Após reportagem doEstadorelevar que uma das escolas reorganizada rec... Foto: Tiago Queiroz/EstadãoMais
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Lado de fora da Escola Estadual Silvio Xavier, ocupada por estudantes contra mudanças na rede estadual de SP Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Escola ocupada tem apresentação musical na zona norte da capital paulista Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Estudantes se comunicam durante ocupação de escola na capital paulista Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Entrada da Escola Estadual Fernão Dias, ocupada por alunos desde o dia 9 de novembro Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
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Os encontros, batizados de “A Escola que Queremos”, terão início no dia 10, em Bauru, no interior do Estado. Também estão previstas visitas às escolas que foram ocupadas no ano passado, mas a secretaria não confirmou quantas. A pasta tem dito que a ideia é discutir “caso a caso”.
Justiça. A secretaria explicou ao Estado a iniciativa após questionamento do Tribunal de Justiça de São Paulo que, por decisão da juíza Carmen Cristina Fernandez Teijeiro e Oliveira, da 5.ª Vara da Fazenda Pública, determinou que a pasta “se manifestasse quanto à eventual manutenção do propósito de implementar o projeto de reorganização escolar”.
A explicação foi causada por uma ordem estabelecida na ação de autoria do Ministério Público e da Defensoria, que teve início no ano passado. Nesse processo, a Apeoesp, maior sindicato de professores, apontou que o Estado estaria fechando 1,3 mil classes, informação não confirmada pela pasta.