Psicóloga é nova reitora da PUC-SP

Mais votada no processo de consulta à comunidade puquiana realizado em junho, ela foi a escolhida pelo cardeal arcebispo d. Odilo Pedro Scherer

PUBLICIDADE

Por Edison Veiga
Atualização:

SÃO PAULO - A psicóloga Maria Amalia Pie Abib Andery, de 63 anos, é a nova reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mais votada no processo de consulta à comunidade acadêmica realizado em junho - venceu entre professores e alunos e teve votação expressiva entre funcionários -, ela foi a escolhida pelo cardeal-arcebispo d. Odilo Pedro Scherer, presidente da Fundação São Paulo e grão-chanceler da universidade, e pela Congregação para a Educação Católica do Vaticano. 

A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira, 5. Depois da polêmica nomeação de sua predecessora, a atual reitora Anna Maria Marques Cintra, em 2012, havia a expectativa se Maria Amalia, eleita em junho, teria seu nome referendado pelo cardeal-arcebispo. Há quatro anos, Scherer escolheu Anna Maria - apesar de ela ter ficado em terceiro lugar no pleito. 

PUC-SP fica em Perdizes, na zona oeste de São Paulo Foto: DIVULGAÇÃO

PUBLICIDADE

Desta vez, entretanto, conforme fontes ouvidas pelo Estado, pesaram a favor da eleita dois fatores: o atual equilíbrio financeiro da instituição e uma certa continuidade da gestão, já que ela é pró-reitora de pós-graduação da atual gestão. “Serão anos de muito trabalho. Mas estou confiante de que conseguiremos fazer coisas boas e atualizar o desempenho acadêmico da universidade”, afirmou ela, em entrevista ao Estado

“Sempre entendi como direito do cardeal a escolha daquele que para ele seria o melhor nome da lista tríplice e, por isso, participei da gesta da Anna Cintra”, ressaltou Maria Amalia. “Naquela ocasião, a escolha dele foi importante por razões conjunturais. Por outro lado, sempre acreditei que a tendência do cardeal, historicamente, é respeitar a decisão da comunidade. O ocorrido em 2012 foi uma exceção.”

Obras. Maria Amalia assume a instituição justamente após a publicação do primeiro balanço positivo desde os anos 1980. No ano em que completa 70 anos de fundação, a instituição também está em obras. 

Graças a empréstimos de R$ 27 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), já foram implementados elevadores e melhorias elétricas no câmpus Monte Alegre, acessibilidade no Marquês de Paranaguá, revisão nos telhados de Ipiranga e Santana, além da criação de 16 leitos - somando-se aos 130 já existentes - no Hospital Santa Lucinda, em Sorocaba. 

E estão previstas a instalação de 24 salas de aula inteligentes, equipadas com lousa digital, a reforma de auditórios e a renovação de equipamentos de informática. Em 2017, haverá uma segunda fase de obras - com projeto ainda em discussão interna.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.