Atualizada às 19h11
SÃO PAULO - Cerca de 4 mil professores da rede estadual de São Paulo, segundo a Polícia Militar, aprovaram nesta sexta-feira, 22, a continuidade da greve da categoria, que já dura 68 dias. Eles seguiram em passeata pela Rua da Consolação e bloquearam vias da região central até a sede da Secretaria Estadual de Educação, na República.
Por volta das 17h, ocorreu um bate-boca entre policiais e manifestantes e um princípio de tumulto, mas não houve confronto. O protesto se encerrou às 18h30, na Praça da República. O próximo ato já foi marcado para a próxima sexta, 29, quando a greve terá completado 75 dias.
Os docentes pleiteiam reajuste salarial de 75,33% para equiparação da categoria a outras profissões com ensino superior, segundo cálculo do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). A meta de valorização do magistério é parte do Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em 2014 pela presidente Dilma Rousseff.
O governo estadual diz que só falará em reajuste no mês de julho, mas ofereceu benefícios aos professores temporários para minimizar a paralisação, como acesso ao plano médico dos servidores públicos (Iamspe). A gestão tem defendido que ofereceu aumento de 45% à categoria nos últimos quatro anos, o que é negado pelo sindicato.
A Apeoesp fala que a adesão à paralisação é de50% da rede estadual, que tem 230 mil professores. Já o governo estadual diz que a média de faltas tem sido de 5%.
Corte de ponto. Desde o dia 5 de maio, os docentes em greve começaram a receber desconto nos salários pelas faltas nas aulas. Na última decisão judicial sobre o tema, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberou o corte de ponto. A Apeoesp tenta recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão.