professores da rede pública estadual paulista, reunidos em assembleia na tarde desta sexta-feira, 29, decidiram convocar greve a partir do dia 3 de junho, próxima quarta-feira. As informações são da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo).
A assembleia que decidiu a greve foi realizada na Praça da República e reuniu, segundo a Apeosp, cinco mil pessoas. De acordo com a PM, porém, o ato teve a presença de 800 professores.
A paralisação tem o objetivo de pressionar o governo estadual a retirar os projetos de lei complementares 19 e 20 da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), ambos enviados pelo governador José Serra (PSDB).
Em nota, os professores afirmam que estes projetos retiram direitos e precarizam ainda mais a vida funcional dos admitidos em caráter temporário. Basicamente, as propostas tratam da contratação de servidores temporários e da criação de novas jornadas de trabalho e concursos para professores da rede estadual de ensino
Além de paralisar as aulas, os professores vão organizar uma grande manifestação em frente ao prédio da Alesp, paralelamente à audiência pública sobre os projetos. Uma nova assembleia também será realizada para definir os rumos do movimento.
Além de ampliar o debate sobre as alterações propostas pelo Executivo, a categoria também reivindica 27,5% de reposição salarial, um terço da jornada de trabalho para atividades extraclasse, ações imediatas para pôr fim à violência nas escolas, estabilidade a todos os professores por meio de concurso público classificatório, entre outros itens.