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Pimentel dá aumento a docentes de MG e cita confronto no Paraná

'Em Minas Gerais, os professores são tratados com respeito, com dignidade', disse o governador do Estado; reajuste foi de 31,78%

Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE - O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), anunciou nesta sexta-feira, 15, o pagamento de reajuste salarial de 31,78% a professores da rede estadual e atacou, sem citar nome, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). "Em Minas Gerais, os professores são tratados com respeito, com dignidade" afirmou. "Assistimos espetáculos lamentáveis, chegando a agressões públicas ao professorado", acrescentou. A declaração se refere aos mais 200 docentes agredidos pela Polícia Militar do Paraná no último dia 29, durante manifestação em Curitiba.

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Em discurso com a presença de secretários e representantes do sindicato dos professores no Palácio da Liberdade, Pimentel afirmou que a categoria está em greve em outros Estados do País "por reivindicações diversas, parecidas com essas que nós estamos atendendo aqui". Um dos Estados é São Paulo, em que professores estão parados desde o dia 16 de março. 

O aumento prometido por Pimentel, de 31,78%, deverá ser pago em dois anos. A presidente da Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT-MG), Beatriz Cerqueira, afirmou que a decisão do governador é uma conquista dos professores. "Precisamos pensar agora em políticas que valorizem ainda mais a nossa categoria", disse. 

Ficou estabelecido o pagamento do piso nacional de R$ 1.917,78 para a categoria relativo à jornada de 24 horas semanais. O governo acabou ainda com o congelamento das carreiras dos servidores da educação e passou a permitir também o acesso à alimentação escolar de todos os trabalhadores nas escolas. Foi fechado acordo em que o Estado se compromete a nomear 60 mil servidores para a área da educação ainda nessa gestão. A expectativa é de que sejam 15 mil nomeações por ano. 

Para os diretores de escolas, Pimentel anunciou reajuste de 10,25% na tabela utilizada como referência para a remuneração dos ocupantes do cargo. Todas as decisões anunciadas nesta sexta precisam ser aprovadas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Um projeto de lei será enviado à Casa em regime de urgência, segundo o governo do Estado.

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