'Não há razão nenhuma para ter escola hoje invadida', diz Alckmin
Após revogar decreto que previsa reorganização da rede estadual de ensino, governador criticou estudantes que mantêm ocupações
Por Fabiana Cambricoli
Atualização:
SÃO PAULO - Após revogar o decreto que previa a reorganização da rede estadual de ensino no sábado, 5, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu nesta segunda-feira, 7, que os alunos desocupem as mais de 190 escolas tomadas em protesto contra a medida. “Não há razão nenhuma para ter escola hoje invadida. Se a causa era essa (reorganização), agora é retomarmos as aulas para poder o mais rápido possível concluir o ano letivo. Esse é o objetivo”, disse ele após coletiva de imprensa que anunciou medidas de combate à dengue, zika e chikungunya.
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Alckmin voltou a defender a reorganização do ensino em escolas de ciclo único. “Procuramos explicar, explicar, explicar, explicar. Acho que tanto foi razoavelmente entendido que, nas matrículas feitas para o novo modelo, os alunos podiam pedir transferência e 96% não pediu. Mostra que já estava meio bem encaminhado. Como surgiu a questão de que é melhor discutir mais, dialogar mais, não tem problema, nós vamos adiar, vamos fazer esse diálogo, especialmente com alunos e pais dos alunos”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de fechamento de escolas em 2017, o governador afirmou apenas que o projeto de reorganização será retomado após debate, sem detalhar quais medidas do plano atual serão mantidas. “Vamos fazê-lo (plano de reestruturação), mas vamos discutir melhor, vamos dialogar”, disse ele.
Veja rotina das escolas ocupadas em SP
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Veja rotina das escolas ocupadas em SP
Cartaz sobre limpeza naEscola Estadual Silvio Xavier, bairro do Piqueri, zona norte da cidade de São Paulo Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Estudante faz aula de quadrinhos em escola ocupada na capital paulista Foto: ALEX SILVA ESTADAO
Reorganização
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Foto na escola EscolaEstadual Padre Sabóia, na zona sul de São Paulo,ocupada por alunos Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
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Alunos se dividem nas tarefas durante ocupação naEscola Estadual Silvio Xavier, zona norte da cidade. Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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A Escola Estadual Ciridião Buarque, ocupada por estudantes contra o processo reorganização da rede, teve um oficina de quadrinhos Foto: ALEX SILVA ESTADAO
Caso a caso
A secretaria disse estar disposta a rever caso a caso e dialogar com a comunidade.Após reportagem doEstadorelevar que uma das escolas reorganizada rec... Foto: Tiago Queiroz/EstadãoMais
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Lado de fora da Escola Estadual Silvio Xavier, ocupada por estudantes contra mudanças na rede estadual de SP Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Escola ocupada tem apresentação musical na zona norte da capital paulista Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Estudantes se comunicam durante ocupação de escola na capital paulista Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO
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Entrada da Escola Estadual Fernão Dias, ocupada por alunos desde o dia 9 de novembro Foto: SERGIO CASTRO/ESTADÃO.
Alckmin defendeu a ação da Polícia Militar na dispersão dos alunos em protestos na semana passada e não informou se possíveis excessos dos policiais serão investigados. “Fomos absolutamente cautelosos. A maioria das escolas invadidas, nenhuma foi reintegrada com a polícia. Aí invadiram diretoria de ensino, também não reintegramos nenhuma, não usamos polícia. Daí ocupa a Avenida Doutor Arnaldo, que tem mil pessoas por dia que precisam tratar câncer no Icesp, tem o Hospital das Clínicas, tem o Hospital Emílio Ribas, daí você pede: ‘pessoal, vamos dar mais meia hora para que vocês se manifestem’. Dá o tempo, também não saem, você pede de novo... Ora, não é possível também prejudicar o conjunto da população”, disse ele.